O domingo 04/12 começou triste não somente para a torcida corintiana, como também para o Futebol Brasileiro, ofuscando o dia de grandes decisões do Campeonato.
Falecia Sócrates, que foi ídolo da democracia corintiana e que não escondia a sua identificação pelo clube, que acabou lhe homenageando ao fim da tarde com o pentacampeonato brasileiro, que não apagará a dor de sua perda, porém que ficará como uma singela homenagem ao Doutor, que muito fez ao futebol corintiano, como também ao Brasileiro.
Em campo, o jogo foi fraco tecnicamente, com poucas chances de ambos os lados e muita confusão, que deixou cada time com dois jogadores a menos. No primeiro tempo, praticamente nada ocorreu, devido ao nervosismo excessivo corintiano, combinado com a baixa volúpia ofensiva palmeirense, que chegou apenas duas vezes em toda a etapa, ambas com participação de Marcos Assunção, sendo o lance com Valdívia e Cicinho o mais perigoso.
O Corinthians reclamou muito de um pênalti, a meu ver inexistente, supostamente sofrido por Willian no final da primeira etapa, porém ganhou uma superioridade numérica depois de uma exagerada expulsão de Seneme em Valdívia, que supostamente teria agredido Jorge Henrique. Mas nem o fato de ter um jogador a mais ligou o Corinthians na partida, que se resumiu a apenas ataques discretos , enquanto o Palmeiras assustava, chegando a colocar uma bola na trave com Fernandão.
O fim da partida se encaminhava, e os ânimos começavam a se exaltar, primeiro com a expulsão de Wallace aos 28, em uma visível tentativa de Seneme em equilibrar as ações após a discutível expulsão de Valdívia. O Palmeiras ainda teria um gol anulado de Fernandão aos 35, enquanto aos 44, quando a torcida corintiana já entoava os primeiros gritos de “É Campeão”, Jorge Henrique fez gracinha em frente à João Victor, que o derrubou de forma forte, iniciando uma grande confusão, que culminou na expulsão do volante palmeirense, além do zagueiro Leandro Castan, encerrando um clássico cheio de emoções extracampo, mas que em campo ficou devendo.
O empate, por si só, já bastava para o pentacampeonato, que foi ratificado pelo empate em 1x1 entre Vasco e Flamengo, que se encerrou cerca de dois minutos antes do fim do derbi paulista. Titulo merecido ao time mais equilibrado do campeonato, que permaneceu do inicio ao fim entre os primeiros lugares, horas alternando com Flamengo e Vasco a Liderança, mas sempre permanecendo entre os primeiros.
1990, 1998, 1999, 2005 e 2010. Viva o Corinthians! Viva o Doutor!
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