O Ultimate Fighting Championship, mais conhecido como UFC, já é uma sensação mundial, com um montante de audiência e de faturamento ainda maior. Porém a modalidade de MMA ainda era segmentada à TV paga no Brasil, apenas com a Rede TV eventualmente transmitindo algumas lutas, sendo que grande parte em VT e que não gerava grande comoção.
O país sempre esteve bem representado no esporte, com vários campeões como José Aldo, Anderson Silva, Vitor Belfort, Minotauro e Royce Gracie, porém faltava um maior alcance popular, que mostrasse a real força do esporte que vem encantando gerações do mundo todo. O primeiro passo foi a realização do segundo torneio no Brasil, denominado UFC 134, com a Rede TV transmitindo o card principal na íntegra e conquistando a liderança na audiência durante a defesa do cinturão de Anderson Silva.
Porém ainda faltava uma coisa: a Rede Globo. O imediato acerto deu-se em função de um vacilo contratual da Rede TV, que não tomou as devidas precauções em assegurar a modalidade, talvez por não ter a exata noção do que havia em mãos.
A Globo passou a dar grande espaço em sua programação aos lutadores, principalmente ao carismático Anderson Silva, dono de uma voz engraçada, que o levou a participar de vários programas da emissora e de propagandas, reforçando indiretamente a marca, que foi facilmente adquirida pela principal emissora do país e uma das quatro maiores do mundo.
A madrugada de 12 para 13 de novembro marcou a estreia da modalidade na emissora, que se preparou adequadamente, colocando o seu principal narrador, que por si só é capaz de chamar e consolidar audiência. O UFConFox, fruto de um milionário acordo entre a categoria e o canal aberto americano Fox, durou pouco mais de 60 segundos entre o início e a sequência de golpes de Cigano em Velasquez, e que deu ao brasileiro o cinturão dos pesos-pesados e rendeu cerca 16 pontos de média e 18 de pico para a emissora em São Paulo, no que se configura em um sucesso para o horário, tamanha repercussão que o evento (transmissão) havia gerado nas redes sociais.
A maioria dos admiradores do esporte, onde muitos assistem via pay-per-view da própria Globosat denominado de Combate, optaram por migrar para a emissora aberta, somando-se aos milhares de curiosos pela modalidade também pela narração de Galvão Bueno, popular por seus bordões no futebol e na Formula 1.
Galvão iniciou a transmissão referindo-se aos lutadores como “Gladiadores do terceiro milênio”, mostrando desenvoltura dos tempos em que narrava boxe ao mostrar-se atento em descrever os golpes além de passar a sua tradicional emoção, que o imortalizou no roll dos grandes narradores.
Pode-se dizer que o UFC será a nova galinha dos ovos de ouro da Globo para os sábados à noite, turbinando um horário ocioso e que não depreendia um grande investimento e audiência. Também será ótima para a modalidade de Dana White, que entrará definitivamente no país, colocando o Brasil no centro dos combates e também como novas fontes de faturamento, aproveitando o crescimento econômico do país.
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