Desde o final da 32ª Rodada, o torcedor Colorado tinha a certeza que uma vitória diante do Fluminense no Beira-Rio colocaria o time pela segunda vez, e talvez de forma definitiva, no G5, também chamado de Zona da Libertadores.
Houve uma mobilização sem igual, com mais de 38mil colorados presentes, enchendo todas as dependências do estádio aptas ao público, com a convicção que o time sairia com mais uma tranquila vitória, diante dos ex-ídolos Colorados Rafael Sóbis, Abel Braga e Edinho. Muitos já davam o jogo como favas contadas, como se o Fluminense tivesse um time e estivesse na condição que o América Mineiro está, esquecendo-se que do outro lado havia um adversário com a melhor campanha do returno de forma disparada, que o credenciou a adentrar na Zona da Libertadores e a brigar pelo título na fase final.
E o jogo começou da forma que o torcedor imagina, com o Internacional tomando a iniciativa, dominando a posse de bola e indo ao ataque, quase marcando com Bolatti aos 4 e perdendo grande chance com Oscar, que recebeu livre aos 10 e que tinha apenas o goleiro à sua frente, mas que errou o alvo.
O Flu até então apenas se defendia, e pouco conseguia chegar ao ataque, pois não conseguia trocar passes em seu campo ofensivo. Mas aos 17 minutos, conseguiu trabalhar pela primeira vez com Sóbis e Deco, que cruzou como se fosse com a mão para Rafael Moura marcar de cabeça, aproveitando-se também de uma afoita saída de Muriel.
O panorama do jogo não mudou, com o Inter buscando o ataque enquanto o Fluminense apenas se defendia. O time buscava atacar, não da mesma maneira intensa do final da partida, porém chegou ao empate aos 36, após erros defensivos do Fluminense, que deixaram Damião livre na direita para cruzar para Oscar se projetar livre na esquerda e tocar para o gol.
Tinha-se a possibilidade de reação Colorada, que não se confirmou em função da segunda jogada de ataque do Fluminense no jogo, que culminou no segundo gol, com Deco tendo novamente toda a liberdade do mundo para lançar Sóbis, que também teve liberdade e tranquilidade para dominar a bola e chutar no canto esquerdo de Muriel, colocando água no chope da reação Colorada e trazendo à tona a sensação de “déjà vu”, ao se juntar à Alex, Fernandão e Iarley, como ex-colorados a marcar contra o Inter no Beira-Rio, sem tecer nenhuma comemoração.
Nem os 15 minutos de intervalo fizeram com que Dorival Jr. buscasse solução para a reação. Ao contrário, o Fluminense conseguiu acertar a marcação, neutralizando o setor ofensivo do Inter, além de chegar ao ataque em jogadas rápidas, nas costas dos afoitos defensores. Dorival Jr. tentou alterar, porém olhava no banco e não via nenhum atacante.
Colocou Ilsinho, Tinga e Zé Roberto nos lugares de Andrezinho, D’Alessandro e Guiñazu, pouco adiantando, pois não havia ninguém que tivesse a característica de abrir a defesa do Fluminense com alguma jogada individual pelo flanco. Para piorar, Juan foi expulso em um ato de indisciplina, deixando o time com dez jogadores nos últimos 10 minutos. Damião e Tinga tiveram as únicas chances da segunda etapa, porém o primeiro errou o alvo, enquanto o segundo não contou com Cavalieri, que fez uma grande defesa e segurou a vitória da equipe carioca.
Pode-se dizer que hoje foi uma das decisões do Campeonato. Como resultado, o Fluminense chega ao terceiro lugar e entra definitivamente na briga pelo titulo. Já o Inter voltou a sua posição característica no campeonato, o sétimo lugar. Está a quatro pontos do G5, porém o jogo de hoje mostrou que é melhor o clube ativar o modo Feliz 2012, projetando um time equilibrado para a próxima temporada.
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