Nesta quarta-feira, o APOEL relegou a um segundo plano o fraquíssimo duelo contra o Zenit, ao garantir-se pela primeira vez em sua história e de seu país nas oitavas-de-final da Champions League.
O feito não foi pequeno, devido à ilha ter apenas 800 mil habitantes, algo como a metade da população da capital gaúcha Porto Alegre. Porém o histórico jogo poderia ficar com melhores lembranças, além de uma incessante fumaça proporcionada pelos sinalizadores acendidos pela torcida russa do Zenit, que paralisou duas vezes o confronto, e que levou o árbitro alemão Felix Brych suspender temporariamente a partida na segunda etapa, depois de um ato reincidente da torcida russa em abusar com os sinalizadores.
Analisando-se friamente o scout da partida no Matchcentre da UEFA, vê-se 23 arremates russos, sendo sete destes foram em direção ao gol. Além disso, o Zenit teve 63% de posse de bola, o que poderia significar em um duelo de ataque x defesa, cujo APOEL fora massacrado pelos russos.
A primeira premissa foi verdadeira, afinal os ciprianos pensaram única e exclusivamente em se defender, chegando apenas uma vez ao ataque em todo o jogo, em uma jogada envolvendo os brasileiros Solomou e Aílton. O Zenit até que conseguiu alguns arremates perigosos, a maioria com Danny, que exigiram defesas importantes do goleiro Pardo. O jogador português foi o grande nome do time russo, porém faltou uma melhor parceria que quebrasse a forte formação defensiva montada pelo APOEL, além de todo o conhecido pragmatismo proporcionado pelo seu treinador Luciano Spalletti, que abusou do conservadorismo e irritou a própria torcida.
Em um fraco Grupo G, que conta ainda com Porto e Shakhtar Donetsk, o empate serviu para eliminar matematicamente os ucranianos, enquanto Porto e Zenit disputarão a segunda vaga, pois o teoricamente mais fraco APOEL já está garantido.
Hoje tudo é festa pelos lados da Nicósia.
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