Em um dos melhores jogos desta temporada europeia, o Barcelona acabou vencendo o Milan em San Siro por 3x2, garantindo o primeiro lugar do Grupo H com 13 pontos.
Os times fizeram um jogo à altura de suas tradições, cujo foco de disputa era as vantagens que o primeiro lugar no grupo reserva, já que ambos os times já haviam garantido a classificação antecipada para as oitavas-de-final.
O primeiro tempo foi incessante do inicio ao fim, com o Milan ensaiando uma pressão inicial, natural de um time local, que apoiado pela torcida rossonera conseguiu controlar os primeiros cinco minutos, não deixando o Barcelona ultrapassar para o seu campo de ataque. Porém foram só cinco minutos, e o Barcelona conseguiu impor o seu jogo de domínio de posse de bola (65%) e troca de passes no campo ofensivo, vindo a abrir o marcador em uma infelicidade do volante holandês Van Bommel, após um cruzamento de Abidal em direção à Xavi, mas que fora desviado pelo afoito milanês.
O Milan sentiu o gol, mas eventualmente conseguia levar vantagem no improvisado esquema 3-4-3 montado por Guardiola, já que não tinha Dani Alves suspenso e Piqué poupado. Ofensivamente a equipe dava show, porém defensivamente corria muitos riscos, com Robinho perdendo um gol de dentro da pequena área, após desviar um chute mascado de Boateng. Menos mal que no minuto seguinte, Seedorf faria uma grande assistência para Ibrahimovic se antecipar à zaga catalã e empatar a partida, equilibrando o confronto tamanha garra e disposição que a equipe italiana oferecia junto à sua inflamada torcida.
Porém o Barcelona continuava perigoso, e Messi perdeu um gol tão feito quanto o de Robinho, ao receber livre na entrada da pequena área um cruzamento rasteiro de Fábregas, mas acertando o travessão. O árbitro alemão Wolfgang Stark polemizaria o jogo ao ver um pênalti Mandrake supostamente sofrido por Xavi, que Messi precisou bater duas vezes para marcar, já que na primeira o argentino abusou da famosa e agora proibida “paradinha”, anulada e advertida pelo arbitro, porém converteu na segunda cobrança.
O jogo seguia ao estilo lá e cá, com Boateng exigindo uma grande defesa de Valdés pelo lado do Milan, enquanto Messi, que já havia servido Abidal no primeiro gol, ensaiava as suas tradicionais arrancadas, obrigando Abbiati a fazer duas grandes defesas.
Allegri tentou alguma melhora com a entrada de Alexandre Pato no lugar do insosso Robinho, porém o atacante brasileiro pouco contribuiu na segunda etapa, assim como Ibrahimovic que viu a sua produção da primeira etapa cair vertiginosamente. Sobraram as individualidades de Seedorf e de Boateng. O alemão naturalizado ganês iria receber na entrada da área um rebote de um bate-rebate, e aplicaria um drible desconcertante em Abidal para depois chutar forte e rasteiro no contrapé de Valdés para empatar novamente a partida.
Porém o Barcelona não estava morto, mesmo com toda a empolgação do Milan, continuava atacando, e aos 17 Messi, efetuaria um lançamento milimétrico para Xavi apenas desviar de Abbiati para construir o gol da vitória catalã. Desta vez, o Milan acusou o golpe e foi o Barcelona que teve as melhores chances para ampliar, sendo a mais perigosa com Sánchez, desviando um cruzamento de Thiago Alcântara e exigindo grande defesa do goleiro italiano.
No fim, o Milan abusou da empolgação e da garra para tentar equilibrar a balança, porém a qualidade do Barcelona era tanta, que não foi o bastante. Só fica o agravante do pênalti Mandrake marcado pelo árbitro, que acabou influenciando no resultado do jogo, para a ira da torcida Rossonera. Independente do esquema, o Barcelona mostra-se um time imbatível, apesar das grandes fragilidades apresentadas pela sua defesa.
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