Tenho acompanhado a Premier League dentro do possível, em virtude de ter compromissos em praticamente todos os sábados pela manhã, o que me fez perder vários bons jogos do campeonato.
Nesta rodada, em especial me chamou atenção à imensa quantidade de gols marcados (38), que deixaram a média de gols em 3,8. Se Rooney não tivesse perdido bizarramente o pênalti e Torres a finalização com o gol vazio, a média chegaria a 4 gols por partida, algo que nem o nosso badalado Campeonato Brasileiro consegue.
Tantos gols na liga considerada mais equilibrada da Europa, devido à racional distribuição das quotas de TV prevendo uma liga forte, caracterizada pela menor desigualdade arrecadatória das grandes ligas europeias, o que traz um mínimo de competividade, apesar de os clubes “grandes” terem outras fontes de recursos, como ingressos e “match day”, além dos bilionários donos, dotados de grande potencial de investimento, e capazes de trazerem reforços ao nível de Agüero e Juan Mata.
Nesta rodada consegui assistir à Tottenham x Liverpool e Manchester United x Chelsea, este último em post que pode ser lido aqui. Ambas as partidas com quatro gols, que explicam a alta média desta rodada.
Surpreendeu-me a forma com que o Liverpool foi derrotado pelos Spurs, na que foi a segunda derrota consecutiva. A saída de Raul Meirelles não estava no script, enquanto a defesa foi que nem uma mãe pelo menos neste último jogo, além das expulsões de Škrtel e Adam. Mesmo assim, os Reds têm, na minha visão, a quarta força da liga, e disputará esta quarta vaga à Champions League justamente contra o Tottenham, que se mostrou muito bem comandado por Modrić, além do oportunismo de Adebayor.
O Chelsea fica em uma zona de conforto, acima de Liverpool e Tottenham, porém em um estágio inferior aos times de Manchester, que são os mais qualificados e que deverão lutar pelo titulo em um duelo regional. O time de Villas-Boas já apresentou uma sensível melhoria em relação aos primeiros jogos com a chegada de Mata, porém não está tão entrosado em relação aos favoritos, e tende a perder mais pontos que os seus concorrentes.
A briga pelo titulo ficará polarizada entre os times de Manchester. Tecnicamente o City é melhor, com mais recursos técnicos, porém não tem o entrosamento e a sorte dos comandados por Alex Fergusson. O Manchester United é um caso de estudo, pois quando joga bem goleia, como nos 8x2 diante do Arsenal, já quando joga regularmente vence bem, como os 3x1 diante do Chelsea, porém quando joga mal, também ganha, seja em uma bola rebatida ou em um erro de arbitragem, somando os pontos importantes que lhe deixam na frente.
O que poderá fazer a diferença neste duelo será exatamente o grupo, pois podem ocorrer falhas como a de Evans no primeiro duelo da UEFA Champions League contra o Benfica, que acabou custando uma vitória do Manchester na liga. Neste aspecto, o City está mais bem preparado, tendo a chance de surpreender nos confrontos diretos.
Já o Arsenal eu tenho pouco a falar, já que são apenas 4 pontos em 5 jogos, deixando o time na indigesta 17ª posição. É evidente que os gunners não lutarão para cair, porém falar em competições europeias para a caricatura de time soa como pretenciosismo, visto que pelo menos o Everton e o Newcastle mostram mais força que a equipe comandada por Wenger.
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