No segundo jogo do Chelsea na Premier League, finalmente começou a aparecer a mão de André Villas-Boas, que conseguiu consertar seus equívocos iniciais e conseguiu a virada diante do West Bromwich após um bom segundo tempo.
Villas-Boas manteve o seu ideal tático de 4-3-3 que deve ser utilizado ao longo de sua trajetória, apenas mudando as peças, optando por um ataque formado por Kalou, Torres e Anelka. Destes, apenas Anelka tem uma característica de maior movimentação pelos flancos, o que deixou o ataque do Chelsea engessado com a má fase eterna de Torres e com o esforço inútil de Kalou ao tentar se movimentar fora de suas características. Soma-se a isso a má fase de Lampard, e uma jornada infeliz de Alex e Ramires contribuindo para um primeiro tempo ruim, que obrigou o treinador a colocar Malouda aos 34 minutos para tentar reverter a situação.
O West Bromwich nem parecia uma equipe pequena, e jogava de igual para igual com os blues, tendo três grandes chances para marcar na primeira etapa. Na primeira saiu o gol, fruto de um passe enforcado de Ramires para Alex, que foi desarmado por Long, que avançou pela intermediária com liberdade e tirou Hilário para marcar o gol dos visitantes. Nas outras, houve uma defesa de Hilário e um cruzamento forte de mais de Long para Tchoyi, que livre não conseguiu desviar a bola.
O Chelsea havia melhorado na primeira etapa depois da entrada de Malouda, porém seria efetivamente perigoso na segunda etapa, depois do empate de Anelka logo aos 7 minutos, que recebeu a sobra de um enrosco dentro da área envolvendo Lampard, para chutar no canto do goleiro. O jogo ficou a mercê do Chelsea, com Villas-Boas promovendo as entradas de Ivanović na zaga e Drogba no ataque, nos lugares de Alex e Fernando Torres.
O jogo do time de Villas-Boas começou a funcionar, com a equipe passando a dominar a posse de bola e a criar chances de gols com Anelka, Lampard e Cole, porém faltando o toque final. Quando Bosingwa avançou, e levou vantagem pela direita, conseguiu um cruzamento rasteiro por trás da defesa, encontrando Malouda, que fechou no segundo pau e apenas escorou para o gol, transformando um primeiro vexatório em um segundo animador e com a cara do jovem treinador.
O jogo deve ter servido como lição para Villas-Boas, que deve ter se constatado que seu esquema só funciona com jogadores com características de movimentação pelos flancos, no caso Malouda e Anelka, além buscar uma solução de movimentação ao engessado meio-campo, que pouco cria. A assistência de Bosingwa coroou o treinador, que recolocou o lateral português, contratado junto ao Porto nos tempos de Mourinho, mas que fora relegado pelas constantes lesões. Seu substituto, Ivanović, deverá ganhar a vaga na defesa como companheiro de Terry, já que os brasileiros Alex e David Luiz não convenceram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário