quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Incongruências vermelhas

A derrota por 2x1 pode ter sido lamentada, porém ficou de bom tamanho, pois é um resultado reversível, principalmente pela falta qualidade do Independiente. Mas ficou clara a sensação que uma vitória na Argentina era possível, bastando ter o mínimo de organização e coerência na escalação e formação.



Neste ponto é que entra o dilema do Inter, que parece estar deslocado na temporada. Eis alguns tópicos:
Formação: Mesmo jogando com um ou dois atacantes, o meio continua sempre o mesmo, com um tripé de volantes formados por Wilson Mathias, Elton e Tinga. Destes, Elton ainda não está maduro para ser titular. Tinga mostra a cada jogo a decadência física de um ex-jogador, enquanto Wilson Mathias é um jogador abaixo da média, e que hora e outra compromete defensivamente, mas que possui uma força sobrenatural que o faz ser titular.

Falta de Ligação: A falta de criatividade contra o Independiente foi visível, pois tal ação ficou concentrada aos pés de D’Alessandro, que bem marcado pelo adversário, pouco produziu. Tinga já não tem mais folego para marcar e realizar as tarefas de um articulador, enquanto Jô não tem o cacoete para auxiliar o argentino Colorado. Como resultado, pouca posse de bola e pouco poder de fogo contra a frágil defesa argentina.

Defesa: Não é de hoje que a defesa é o ponto mais vulnerável da equipe Colorada, principalmente quando é formada por Índio e Bolívar. O primeiro já encontra-se aos 36 anos, chega costumeiramente atrasado nos embates, e eventualmente compensa seus deslizes com gols. Bolívar não está em boa fase desde o ano passado, compromete defensivamente e necessita ser urgentemente ser reciclado do grupo.

Treinador: O tempo passa e prossegue a indefinição sobre o novo treinador. A demissão de Falcão completou 24 dias, com muito discurso por parte da direção e pouca ação em meio à disputa de uma competição nacional e um torneio internacional sem treinador oficial.. Loss é imaturo para a função, fato evidenciado nas escalações e alterações, que provavelmente passa por uma fonte externa, que acaba auxiliado o pseudo treinador. Um exemplo: quem tiraria D’Alessandro em uma partida na qual o Inter estaria perdendo o jogo?

: Incompreensível a sua escalação, visto que na semana passada fora afastado para recondicionamento físico, e do nada começava como titular um jogo importante, não vendo a cor da bola na primeira etapa e contribuindo apenas com dois cruzamentos na segunda, perdendo grande parte das bolas que recebera.

Marquinhos: Antes de ver o seu nome entre os inscritos, não tinha conhecimento de sua condição no grupo de jogadores. Imaginei que não estivesse mais no clube, porém do nada acabou entrando na partida. Ricardo Goulart, João Paulo e Dellatorre, que estavam sendo testados, não ganharam sequência, o que torna incompreensível a escalação deste jogador.

Contestados: Jogadores contestados como Índio, Bolívar, Wilson Mathias e Tinga seguem sendo escalados, com as suas fracas atuações acobertadas por desculpas e a tentativa de desviar a realidade a respeito de suas condições. Não são negociados pela alegação de onerosos contratos, e quando estes chegam ao fim, simplesmente são renovados, seguindo o ciclo que os levam à titularidade constante.
Procurei me abster de questões diretivas/administrativas, enfocando apenas tópicos pertinentes ao futebol nas quatro linhas. O Inter tem graves problemas em relação ao time, grupo e a ideais de direção em relação a esquema, escalação e técnico.

Mesmo assim, é possível recuperar e conquistar a Recopa, mas para uma campanha bem sucedida de Brasileirão, daí já é outra história...

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