quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Derrota reversível em Avellaneda

No primeiro jogo da decisão da Recopa, o Inter entrou modificado, e pela segunda vez consecutiva jogou com dois atacantes, desta vez com Jô servindo de companheiro para Damião, e com Andrezinho saindo do time, que fora montado em um 4-3-1-2 por Osmar Loss.

Pela formação de meio-campo com três volantes e um articulador, era previsível que o Colorado dependesse de uma atuação acima da média de D’Alessandro para que a bola pudesse chegar ao ataque, e assim marcar gols. Mas o treinador Antonio Mohamed tinha noção da habilidade do meia argentino, e chegou a encostar três jogadores para marca-lo, o que praticamente lhe anulou na partida.

A equipe argentina era limitada tecnicamente, fruto da decadência em que vive o país com seus falidos clubes, e que acabam refletindo em campo, com um time previsível, sem criação e que abusava nos erros de passes. Mesmo assim, a equipe conseguiu se aproveitar do espaçamento entre os três volantes para criar jogadas, assustando Muriel. Todas em chutes de Nuñes, que primeiro quase acertou o gol, e na segunda acertou, porém Muriel conseguiu fazer uma boa defesa.

Somente depois da metade da etapa inicial o Inter conseguiu colocar a bola no chão, equilibrando um jogo em que os argentinos tentavam, mas não conseguiam se impor tamanha a discrepância técnica a favor do Colorado, este apático e que teimava em não entrar na partida. Conseguiu o gol aos 38, quando Nei recuperou uma bola perto da sua área defensiva, avançando todo o campo, até chegar a linha de fundo e cruzar para Damião se antecipar ao goleiro de carrinho para marcar o gol Colorado, que parecia injusto, tamanha nulidade das duas equipes.

Menos mal que minutos depois, o lateral esquerdo Velázquez apareceu como homem surpresa em meio aos dois desatentos zagueiros para empatar o placar e estabelecer justiça ao jogo, que naquela altura não merecia nenhum vencedor.

O Inter melhoraria na segunda etapa, adiantando a marcação e dando mostras que teria futebol para vencer os argentinos. Jô se posicionou na esquerda, como um ponta, levando vantagem em duas jogadas. Na primeira, serviu Damião, que acabou perdendo o tempo da bola e não conseguiu empurrar para as redes. Na segunda, foi a vez de Tinga, que dominou dentro da área e arrematou na trave.

O Independiente também chegava em chutes de Nuñes, sua peça mais perigosa pelos arremates de longa distancia. O meia exigiu duas boas defesas de Muriel, mas na terceira chance da equipe na segunda etapa, fruto de uma falta cometida por Elton na cabeça da área, que os argentinos virariam a partida em uma cobrança de Pérez, que desviou na barreira e enganou Muriel.

O Inter tentou reagir, com Loss colocando Andrezinho e Marquinhos nos lugares de D’Alessandro e Jô, e com Leandro Damião quase marcando o gol de empate, porém a melhor chance do fim do jogo ficou com os argentinos, que acertaram a trave aos 40 minutos em cabeçada de Nieva, deixando o 2x1, que antes seria considerado um péssimo resultado, de bom tamanho, pois o Colorado poderia ter perdido por um escore mais elástico.

Derrota reversível para o jogo do próximo dia 24 no Beira-Rio. O Independiente é um time com história, títulos e camisa, porém os jogadores que o representam não estão à altura da grandeza do clube. O time é limitado, e tenta compensar na base da expiração, porém se o Inter colocar a bola no chão, jogando com seriedade e objetividade, consegue reverter com tranquilidade o resultado, que lhe daria o segundo titulo da Recopa.

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