O São Paulo tropeçou em casa contra o Atlético Paranaense no Morumbi. No fim o empate ficou de bom tamanho, pois a equipe perdia para o Furacão até os 45 minutos da segunda etapa, quando o veterano Rivaldo conseguiu um ponto para os paulistas, que podem se afastar da briga pela liderança.
Adilson Batista preteriu Rivaldo e escalou Ilsinho, que compôs com Wellington e Denílson uma linha de três volantes, com Cicero e Lucas fazendo as vias de meias e chegando ao “falso 9” Dagoberto, que revezava a movimentação com seus dois companheiros ofensivos, enquanto Renato Gaúcho montou o Atlético-PR em um 4-2-3-1, com marcação na saída de bola do São Paulo, o que dificultou a movimentação dos jogadores, além de ter uma rápida retomada da posse de bola, que lhe proporcionava chegadas ao ataque.
Como o São Paulo joga melhor no contra-ataque e o Furacão não proporcionou esta jogada, o tricolor paulista teve muitas dificuldades para chegar, e quando conseguia, era em méritos individuais principalmente de Lucas, que era o mais perigoso nos arremates.
O Furacão pioraria as coisas para o São Paulo ao abrir o placar em jogada ensaiada de cobrança de falta de Edilson e que Fransérgio desviou para as redes no primeiro pau. Menos mal que logo depois Ilsinho acertaria um chute na gaveta esquerda de Renan para empatar o jogo, e tentar dar a tranquilidade que parecia estar longe do tricolor paulista.
Porém o jogo seguiu no mesmo padrão, com o São Paulo sem criatividade, engessado em campo e aceitando pacificamente a marcação do Furacão, sem que Adilson Batista percebesse o problema e alterasse o time, enquanto o Atlético tinha as principais chances da partida, perdendo duas chances na primeira etapa com Madson e Morro Garcia, e vindo a marcar o segundo gol em sua terceira grande chance aos 31 da segunda etapa, em um chutão que Marcinho ganhou de cabeça e escorou para Edigar concluir a jogada, curiosamente no lance seguinte a uma bola na trave do São Paulo colocada por Dagoberto.
Menos mal que Adilson Batista se lembrou de Rivaldo, que estava no banco, e tratou de coloca-lo na segunda etapa, quando ainda estava 1x1, e desfazendo o sistema de três volantes. Rivaldo seria decisivo já nos descontos, quando aproveitou um cruzamento de Cicero e se jogou na bola para empatar a partida, desfazendo parcialmente a decepção pela atuação.
Decepção para a torcida, mas não para quem entende um pouco de futebol. O São Paulo foi penalizado pela tática covarde de seu treinador, que colocou uma formação extremamente defensiva contra uma das piores equipes do campeonato, minando o poder de fogo são-paulino, e ficando cada vez mais longe dos lideres.
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