Nesta sexta-feira, finalmente o Internacional anunciava Dorival Júnior como seu novo treinador, após um período de 25 dias comandado interinamente por Osmar Loss, enquanto a direção negociava sem pressa para anunciar o novo nome, mas que a derrota diante do Independiente tratou de agilizar a busca, cuja missão é salvar a única chance real de titulo relevante na temporada, além do desprestigiado Gauchão.
Entre idas e vindas às negociações que envolveram Cuca, Paulo Autuori e o próprio Dorival, a direção acabou acertando com o último, que não teve uma boa passagem pelo Atlético-MG, mas que vem de um bom histórico, se credenciando a entrar no hall dos grandes técnicos como Luxemburgo, Mano Menezes, Felipão e Muricy Ramalho.
Dorival é um técnico ousado, que não abre mão de atacar, além de ter personalidade suficiente para enfrentar lideranças do grupo, mesmo que isso o faça entrar em conflito com a direção do clube, como foi na sua passagem pelo Santos, onde perdeu o emprego por barrar Neymar por indisciplina, entrando em conflito com a direção do clube da baixada.
Dorival Jr. chega quatro meses atrasado ao Beira-Rio, não por sua culpa, e sim de um conjunto de equívocos da direção Colorada que começou após o fracasso diante do Mazembe com a manutenção de Celso Roth, prologou-se com a contratação de Falcão em abril com toda a sua inexperiência em meio a decisões, e que desaguou no quarto técnico em oito meses.
No post em que analisava a apresentação de Falcão em 10/04, referenciei o nome de Dorival Júnior, que recém havia sido eliminado da Copa do Brasil com o Atlético-MG, mas que sua liberação por parte do clube mineiro era inviável sem a entrada de altos valores. Mas a sua contratação agora, reforça a tese que o clube Colorado perdeu 4 meses em 2011, praticamente desistindo da atual temporada e começando a focar 2012, onde terá muito trabalho na renovação do grupo de jogadores.
Porém antes que o ano novo chegue, Dorival terá que reverter o placar desfavorável contra o Independiente, além de tentar colocar o clube na zona de classificação para a Libertadores, que soaria como um titulo para o clube nas atuais circunstancias.
Para isso, o treinador terá que podar pela raiz alguns problemas crônicos, que são causados principalmente pela escolha de determinados jogadores para compor o time, e estes a cada dia mostram que não tem mais condições de vestir a camisa do Internacional. Urgentemente, o treinador teria que afastar Bolívar, Wilson Mathias e Tinga do grupo de jogadores, além de barrar escalações de jogadores em nível técnico inferior aos demais, como Marquinhos e Jô. Além disso, teria que montar um esquema equilibrado ofensivamente, como é de sua característica, valorizando a chegada da bola à Damião.
Espero que o treinador tenha debatido e exigido o respaldo da diretoria nestas questões, para que possa fazer alterações que vislumbrem melhorias no time, e que consiga montar para o ano que vem uma base como a que conseguiu no Santos de 2010, que foi um time que encantou a todos.
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