Nesta segunda-feira, o Barcelona estreou no Camp Nou contra o Villareal pela segunda rodada da edição 2011/12 da Liga Espanhola. A primeira rodada foi adiada em função de uma greve do sindicado dos jogadores, que protestaram contra as dívidas que os clubes em situação pré-falimentar detém com os jogadores.
Em termos técnicos, nenhuma novidade, com a equipe catalã massacrando o Villareal por 5x0, gols de Thiago Alcântara, Fàbregas, Sánchez e Messi (2 vezes), com cerca de 75% da posse de bola, bem ao estilo Barcelona de ser. No domingo, o Real Madrid também havia aplicado fora de casa um 6x0 no Zaragoza.
Tais resultados mostram a supremacia da dupla sobre os demais em um campeonato de dois times, que há pelo menos uma década o torna previsível, monótono e injusto em relação à tamanha discrepância econômica de Real e Barcelona para com os demais.
Porém, neste cenário é possível que um treinador inove, podendo escalar um esquema tão ofensivo que muitos sequer usariam no videogame. Foi o que fez Guardiola, que não pôde contar com os defensores Daniel Alves, Piqué, Puyol , Adriano, além de poupar Villa e Xavi, estes que entraram somente ao decorrer da segunda etapa, quando o jogo já havida sido decidido.
Como escalação, Guardiola usou um 3-4-3, com: Valdés; Mascherano, Busquets e Abidal; Keita, Thiago Ancântara, Iniesta (Xavi) e Fàbregas (Jonathan dos Santos); Sánchez, Pedro (Villa) e Messi.
Mesmo começando com meio time reserva, em um esquema todo ofensivo e que na teoria só tinha um defensor nato, o lateral esquerdo/zagueiro Abidal, e ainda jogando contra uma das melhores duplas de ataque formada por Rossi e Nilmar, o Barcelona não sofreu grandes sustos ao longo do jogo, com a bola pouco chegando ao ataque adversário, e a linha defensiva formada pelos volantes Mascherano e Busquets, além de Abidal, dando conta do recado.
Em algumas situações, Sánchez e Pedro recuavam para a linha do meio-campo, liberando Fábregas para fazer linha ofensiva com Messi, além da movimentação incessante de Iniesta e Thiago Alcântara, este o melhor armador, com um gol e participação direto-indireta em todos os gols. Keita ficou como guardião da defesa, se aventurando pouco ao ataque, pois já haviam 6 jogadores com vocação para isso.
Este foi apenas um experimento de Guardiola, que deverá utilizar o 4-3-3 ao longo da temporada, que na pratica vira um 3-4-3 com os avanços constantes de Daniel Alves. Mas uma coisa é certa. Dá gosto de ver os catalães jogar.
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