Se Brasil e Argentina decepcionaram e caíram antes da hora, o Uruguai está correspondendo às expectativas iniciais geradas depois de uma grande Copa do Mundo na África do Sul no último ano. A vitória de 2x0 diante do Peru colocou os celestes na decisão da Copa América do próximo domingo, algo que não vinha há 4 edições, enquanto um titulo não vem há 6.
Com três grandes atacantes, além de ainda ter Loco Abreu como uma quarta opção, o treinador Oscar Tabárez buscou acomodar Cavani, Suárez e Forlán em um esquema 4-3-3 no início da competição, que pecou pelo desiquilíbrio e pela falta de ligação dos demais setores ao ataque, e de certa forma repercutiu nos resultados, com dois empates nas duas primeiras rodadas.
Bastou uma lesão de Cavani, no confronto contra o Chile, para Tabárez colocar o meia Álvaro González, alterando a formação, e que deu uma maior liberdade à Suárez e Forlán, e melhorou o potencial coletivo da equipe.
A formação
Tabárez idealizou uma formação híbrida, composta por dois esquemas, utilizando um ortodoxo 4-4-2 quando a sua celeste é atacada, enquanto transforma-o em um 3-5-2 quando a equipe tem a posse de bola e busca o ataque.
No 4-4-2, Maxi Pereira e Cáceres são os laterais, tendo à frente outra linha vertical, composta pelos centrais Gargano e Arévalo, além dos wingers Álvaro Pereira e Álvaro González na esquerda e na direita respectivamente, formando uma linha vertical correspondente à ortodoxa formação, ainda muito utilizada na Europa. No ataque, Forlán e Suárez marcam a saída de bola, contando com o apoio do meio-campo, em virtude da característica de marcação adiantada proposta por Tabárez.
Uma vez retomada a bola, Álvaro Gonzáles tende a centralizar, funcionando como um meia de ligação, enquanto que Maxi Pereira acaba se alinhando à Álvaro Pereira, com ambos se tornando alas, enquanto Cáceres não avança, e acaba fechando a defesa juntamente com Coates (Godín e Victorino estão lesionados) e Lugano.
Há também uma constante movimentação dos agora volantes Gargano e Arévalo, buscando infiltrar-se alternadamente na intermediária ofensiva, além das constantes trocas de posição entre Suárez e Forlán, este tendendo a ficar em posição de arremate, como fora no primeiro gol diante do Peru, em que arrematou e Suárez pegou o rebote para abrir o marcador.
O Uruguai se candidata a ser o campeão da competição, buscando sair da fila de títulos que perduram 16 anos. Tem um elenco altamente experiente, com a possibilidade da entrada de outros jogadores, oriundos das categorias de base, por onde o país conseguiu um vice-campeonato no mundial sub-17 este ano, e conseguiu com o seu sub-20, a classificação para o mundial da categoria este ano e também para as Olimpíadas de 2012, algo que não vinha desde 1928, quando a seleção foi chamada de Celeste Olímpica.
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