A primeira semifinal da Copa América deu a lógica, com a classificação uruguaia para a decisão do próximo domingo. Um grande segundo tempo e o oportunismo de Suárez colocaram a seleção de Oscar Tabárez na final depois de 12 anos ou quatro edições.
O Peru veio disposto a empatar, jogando recuado e procurando povoar o meio-campo para truncar o jogo e ampliar ainda mais um dos maiores problemas uruguaios, que é a ligação para o ataque com Forlán e Suárez.
A tática funcionou por todo o primeiro tempo, com o Uruguai conseguindo chegar com perigo apenas em duas ocasiões, oriundas de lances de bola parada. Na principal delas, em um escanteio escorado por Suárez, Alvaro Pereira ganhou de uma desatenta zaga, e teve duas chances para concluir, com duas boas defesas do goleiro Fernandes. Do outro lado, Muslera foi um mero expectador da partida em lugar privilegiado, não precisando fazer nenhuma grande defesa.
O panorama do jogo continuava intacto na segunda etapa até que um fato novo aparecesse na partida, neste caso um gol. Aos oito minutos, Forlán arriscou de fora da área com um chute rasteiro e que Fernandes não conseguiu segurar, com Suárez pegando o rebote e colocando nas redes.
Gol que serviu para demolir o sistema peruano, que simplesmente parou, e viu Suárez marcar o segundo gol quatro minutos depois, desta vez recebendo um lançamento de Alvaro Pereira e tendo total liberdade e tranquilidade para driblar Fernandes e reforçar o placar.
O Peru se descontrolou, cometendo muitas faltas violentas, e perdendo Vargas expulso por agressão em Coates. O tempo perdido para colocar a cabeça no lugar somado com a inferioridade numérica e técnica deixou o Peru inofensivo, abusando em cruzamentos a média distancia para o centroavante Guerrero, que proporcionou o melhor lance de perigo de sua seleção na partida, ao arriscar da intermediária e enganar Muslera, que quase levou um franco, conseguindo se recuperar a tempo.
Classificação uruguaia merecida, nos pés de Suárez, que forma com Forlán a melhor dupla do futebol sul-americano no momento. Forlán destaca-se como o melhor jogador sul-americano do momento, mostrando o seu ápice físico e técnico, comandando a celeste para terminar com um jejum de títulos de 16 anos, buscando se tornar o maior vencedor da competição.
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