terça-feira, 19 de julho de 2011

Luigi usa carta na manga para conter a sua rejeição

Um dia depois da saída do maior ídolo da geração antiga do Inter, entra o maior ídolo da geração contemporânea, em um golpe de mestre protagonizado pelo presidente Giovanni Luigi. Fernandão chega para apagar o fogo da alta rejeição protagonizada pela saída de Falcão, que surpreendeu e inflamou a maior parte da torcida contra o presidente.

Fernandão pendurará as chuteiras, por onde não conseguia mais disputar partidas oficiais em virtude de lesões, para virar uma espécie de manager, participando diretamente do processo de contratações e com circulação livre no vestiário, por onde irá acompanhar os treinamentos, orientando jogadores e auxiliando o treinador com o conhecimento tático que adquiriu ao longo de sua carreira.

Já o menos badalado Luís Anápio Gomes aparecerá como vice-presidente de futebol, ocupando o cargo que até esta segunda era de Roberto Siegmann. Anápio não tem experiência em vestiário, porém tem um grande histórico de serviço ao Inter, mas direcionado à área financeira.

O anúncio de Fernandão conseguiu reduzir em parte a forte rejeição sofrida pelo presidente, que fora massacrado em mídias sociais pela torcida e por jornalistas tanto do Rio Grande do Sul quanto do eixo Rio/São Paulo. Fernandão preencherá a lacuna deixada pela saída de Falcão, trazendo um novo ar para que o presidente possa trabalhar e fazer o seu trabalho.

Agora falta um treinador, que deveria ser Cuca pelos desejos do presidente e seu grupo mais próximo, porém fora momentaneamente abortado devido à rejeição imposta pela torcida ao nome. Roth seria outro nome bastante quisto pela direção, e uma espécie de carta na manga, apesar de não ser a prioridade. Outros nomes ainda seriam meras especulações, com a direção resolvendo esperar para que possam surgir outras opções e evitar que o novo treinador estreie justamente na Copa Audi contra o Barcelona.

A chegada dos reforços Sandro Silva e Jô reafirmam o boicote sofrido pela dupla demitida nesta segunda-feira, que ficou de mãos atadas devido à negativa do presidente em contratar jogadores. Porém o investimento não vem propriamente do clube, e sim de um velho investidor, que ausentou-se devido a sua discordância com a antiga dupla. São dois jogadores que nunca brilharam em suas equipes, entrando no quesito apostas.

Jô até tem um melhor histórico, vindo da Premier League por onde entrava eventualmente em alguns jogos. Fez alguns gols, porém nunca chegou a ser titular indiscutível da equipe inglesa. Não sei o que poderá render, apesar de ainda ser jovem. Já Sandro Silva tem um histórico mais pobre, com a sua melhor passagem sendo pelo Palmeiras, onde em pouco mais de dois anos nunca foi um titular indiscutível.

No dia 19/07, começou o Inter 2011 Versão B, que teve uma resolução em seu quintal, porém que não alterou a estrutura da casa. O grupo de jogadores, principal problema, segue intacto, com uma versão ainda mais pobre a aquela que falhou diante do Mazembe em dezembro.

A base continuará a mesma, composta por jogadores já veteranos e com longos e onerosos contratos, respaldados pelo presidente, que deseja contar com esses, devido à gratidão e parceria que lhes detém. Apenas foram adicionados estes reforços, que poderão ser acrescentados nos próximos dias para tentar dar um ar de elenco ao time, que apesar de deter uma alta media de idade, é bom.

Luigi parece ter norteado o caminho para escapar do turbilhão, porém os acontecimentos do dia 18/07 ficarão guardados para a história do clube, devendo voltar à tona em caso de fracasso desta sua mudança de rumo, promovida para retomar o controle total do clube em seu modelo de gestão, encabeçados pelos seus velhos parceiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário