terça-feira, 26 de julho de 2011

Inter é derrotado nos pênaltis para o Barcelona

Nesta terça-feira, o Inter iniciou a disputa da Audi Cup, privilegio para poucos, onde a maior vitória é ser convidado para participar da competição, estando ao lado dos grandes europeus, com o resultado de campo nem tendo grande relevância.

Uma competição de dois jogos, onde no primeiro estava datado o Barcelona, em uma reedição da final do Mundial de Clubes da FIFA de 2006. A lamentar, somente o adversário catalão não ter a sua formação principal, pois recém está abrindo a temporada 2011/12, com alguns jogadores fora em virtude de suas participações na Copa América, além de outros estarem fora da forma física.

Em campo, era uma mescla de Barcelona B com a equipe C, além de alguns pingados titulares que começaram o jogo ou que entraram na segunda etapa. No primeiro tempo, domínio total dos catalães, que tiveram mais finalizações, mais posse de bola e um gol no escore. O tento foi de Thiago Alcântara, aproveitando uma jogada ensaiada envolvendo Iniesta e Keita, e que pegou a defesa Colorada totalmente desprevenida.

Além do gol, o Barcelona teve uma bola na trave com Affelay onde Muriel esticou os dedos para evitar o gol, além de ter perdido outras chances com Soriano e Thiago, em outras grandes intervenções do goleiro colorado, que parecia o único do Inter em campo, já que seus outros companheiros pareciam assistir ao Barcelona impor o seu jogo de toque de bola incessante, e com rápidas chegadas ao ataque.

Pelo lado do Inter, praticamente nada a destacar tirando as defesas do goleiro Muriel. Apenas um ou outro lance criado através de jogadas individuais, e que originavam faltas ou chutes para fora do gol. Osmar Loss colocou Ricardo Goulart no intervalo, invertendo a composição de meio do Inter de um 4-3-2-1 para um 4-2-3-1. A equipe por si só melhorou, enquanto que o Barcelona decresceu com as várias trocas do Intervalo.

A melhora Colorada já pode ser observada logo no primeiro minuto, quando Damião teve a chance para marcar, primeiro furando na bola, e depois pegando o rebote e chutando ao lado do gol. Moledo também escoraria de cabeça um escanteio, porém seria Nei que viria a empatar a partida aos 10 da segunda etapa, pegando o rebote do goleiro Pinto em jogada com Damião, e meio sem ângulo chutando no canto direito do goleiro.

O Barcelona seguia trocando passes, e parecia não se importar com o empate e muito menos com o jogo, pois seguidamente a câmera de TV focava os jogadores no banco entediados. O mexicano Jonathan dos Santos não parecia tão entediado, vindo a marcar o segundo gol catalão aos 18, depois de receber um passe de Carmona e contar com a linha burra de impedimento colorada para marcar.

Quando o jogo parecia estar definido, com poucas chances de gols, o Inter volta a atacar ao fim da partida, com Damião aproveitando uma saída errada do goleiro reserva catalão Pinto, e tentar encobri-lo, com Abidal salvando de cabeça em cima da linha, porém no prosseguimento da jogada haveria um escanteio a favor do Colorado, e que o próprio Damião escoraria para de cabeça empatar novamente a partida.

Decisão nos pênaltis, por onde o Barcelona foi mais efetivo. Marcou com Villa, Jonathan, Carmona e com Armando, com Jeffrén perdendo uma cobrança bem defendida por Muriel. Já o Inter marcou com Kléber e João Paulo, porém Damião e Zé Mário acabaram isolando suas cobranças, finalizando o 4x2 para os catalães.

O que fica sobre o jogo é a impressionante disciplina tática catalã, que independente de jogar com Time A, B ou C, joga sempre da mesma forma, com o mesmo estilo de jogo e posicionamento. No primeiro tempo quando a equipe era mais forte num todo, dominou o jogo contra o Inter, enquanto que na segunda, com a maioria oriunda do Time C, acabou mostrando a fragilidade de alguns jogadores e cedendo a reação.

Jogadores como Pinto, Fontàs, Soriano e Cuenca estão aquém do nível aceitado para o time Catalão, e não deverão ter vida longa no Clube. Outros como Jeffrén e Thiago Alcântara estão em processo de amadurecimento, podendo conquistar a titularidade nos próximos anos.

Já pelo lado Colorado, é visível a falta de grupo e de opções. Jogadores titulares estão envelhecidos, além de o grupo ser insuficiente, e não estou dizendo isso somente pelo que vi no confronto contra o Barcelona, e sim pelo que vi contra equipes mais qualificadas no Brasileiro. O Inter não enfrentou um Barcelona principal em ritmo de competição, e sim um Barcelona reserva, voltando de pré-temporada e sem a ambição de buscar a vitória. Porém valeu por ter disputado a Audi Cup.

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