Depois de três derrotas consecutivas, o Inter voltou a vencer na 11ª rodada ao ganhar de virada do Avaí, na Ressacada, por 3x1. Jogo de extremos, com o Colorado jogando um de seus piores primeiros tempos e saindo derrotado, porém reagiu na segunda etapa, e virou contra o frágil adversário.
O “novo Inter” de Loss lembrou o “velho Colorado” de Roth, com Tinga, Bolatti e Guiñazu montando um tripé no meio-campo, com D’Alessandro compondo o losango, similar ao que era utilizado na época do antigo treinador e totalmente diferente do meio em linha de Falcão. Na frente, Zé Roberto e Damião compondo o ataque, em uma formação que durou apenas 12 minutos, já que o primeiro acabou se machucando, e com Loss colocando Fabrício em seu lugar, e alterando a sistemática do time para um 4-5-1.
O Avaí começou com uma maior posse de bola e com a iniciativa do jogo, tendo um gol de William corretamente anulado pelo árbitro Felipe Gomes da Silva. O time da casa conseguia penetrar com facilidade na área colorada, porém não tinha o cacoete de finalização, perdendo chances para abrir o placar, o que fazia a equipe abusar nos cruzamentos, que eram facilmente interceptados por Muriel. No lance mais perigoso, foi Damião que desviou contra o seu próprio gol, exigindo uma grande defesa do goleiro Colorado.
O Inter viria a entrar na partida somente depois da entrada de Fabrício, que povoou o meio-campo, e facilitando os contra-ataques. Porém reforçou a sua característica de finalizar pouco, com Damião tendo a chance mais perigosa ao receber na cabeça um cruzamento de Nei, mas sem conseguir desviar do goleiro. O que era pra ser um fim de primeiro tempo tranquilo, teve contornos dramáticos quando Bolívar calçou William dentro da área, e com o mesmo cobrando o pênalti para defesa de Muriel, mas com a bola voltando aos seus pés para abrir o marcador.
O placar favorável fez o Avaí buscar quebrar o jogo, evitando que o Internacional pudesse criar jogadas. A pouca vocação ofensiva dos jogadores Colorados também facilitava o Avaí, além de esquentar os ânimos dos jogadores, que passaram a reclamar, e com Damião e D’Alessandro sendo advertidos pelo árbitro, com o goleador levando o seu terceiro cartão amarelo.
Aos 18, finalmente Loss trocou Andrezinho por Guiñazu, reforçando o poder de ligação do Internacional e facilitando a movimentação ofensiva. No primeiro lance, Andrezinho tabelou com Damião, que fez o pivô dentro da área, para devolver para o meia empatar a partida. Quatro minutos depois, saiu o gol da virada, quando Nei fez jogada de linha de fundo pela direita e cruzou na cabeça de Damião.
Alexandre Gallo colocou o Avaí no ataque, com a equipe caindo no mesmo problema do inicio da primeira etapa, quando cercava a área colorada, mas pouco finalizava. No lance mais perigoso, William girou pela defesa colorada e chutou ao lado do gol. Porém era o Inter o mais perigoso com seus contra-ataques, com Damião perdendo uma grande chance aos 44, porém o goleador serviria D’Alessandro no minuto seguinte para fechar o marcador.
Dá para se dizer que o Inter pelo menos voltou a vencer, pois enfrentou um adversário fraco e com menor exigência. Ainda é cedo para se ter melhor avaliação, com os próximos jogos sendo decisivos para que haja uma análise em relação ao trabalho de Osmar Loss. Porém, caso o treinador obtenha um bom resultado na Copa Audi e nas próximas rodadas do Brasileirão, poderá se tornar uma solução para o cargo de treinador.
Em campo, o Inter melhorou somente depois da entrada de Andrezinho, que melhorou a movimentação ofensiva juntamente com D’Alessandro e Damião. O meia provou a sua importância, devendo ser o preferido enquanto Oscar não estiver disponível, pois é a melhor opção para o setor.
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