sexta-feira, 6 de maio de 2011

Edição 2011 descentraliza disputa

Nesta quinta-feira, Jaguares, Vélez Sársfield e Cerro Porteño confirmaram suas classificações para as quartas de finais da Libertadores, juntando-se ao Santos, Peñarol, Libertad, Once Caldas e Universidad Católica.



Os oito remanescentes representam sete países diferentes, dos onze que participam da Libertadores. Apenas o Paraguai conseguiu colocar dois representantes nesta fase, enquanto Brasil e Argentina colocaram apenas um cada um. Tal fato jamais foi visto recentemente na competição, podendo ser explicado pela incompetência dos brasileiros e pela grave crise enfrentada pelos argentinos.

No Brasil, já virou motivo de post no blog o descaso que o país dá para a Libertadores no quesito motivacional. O brasileiro invoca a superioridade do seu futebol de uma forma empafiosa, como se cada jogo já fosse jogado, e que na técnica a equipe brasileira ganharia nem que seja a fórceps. A trágica eliminação quadrupla soou como uma punição futebolística à esta ideia de pensamento, que acaba prejudicando o futebol brasileiro em si.

Já no caso argentino, esta acentuada queda de nível futebolístico no continente já era esperada, pois o pais enfrenta grave crise econômica, com os clubes fazendo milagres para manter-se sem falir, o que acaba gerando uma alta taxa de migração dos jogadores argentinos, que procuram os novos mercados da Ásia, além da Europa, América do Norte e os vizinhos do MERCOSUL. Resultado disso, um apequenamento dos clubes argentinos, com River e Boca lutando contra o rebaixamento nestes últimos anos, e o crescimento dos clubes médios, que agora ocupam o espaço dos grandes.

Com a queda dos maiores mercados, além de um nivelamento dos outros tidos como intermediários, a edição 2011 da Libertadores acaba comprovando na diversidade o seu grande destaque. Porém é cedo para setar este equilíbrio como tendência, pois a Argentina tem condições de melhorar economicamente e de revelar jogadores, enquanto o Brasil também poderá mudar a sua visão, respeitando mais os latinos e assim se impondo no continente.

Para esta edição, aposto em Vélez e Libertad dos remanescentes, colocando o Santos um degrau abaixo. Muricy provou terça-feira que ajustou a sua defesa, grande responsável pela classificação. Porém não acredito em uma nova jornada tão eficiente quanto fora em Querétaro. Já o Libertad é a equipe do coração do presidente da Conmebol Nicolás Leoz, com uma equipe ajustada e madura, tendo totais condições de levantar a taça.

Porém o maior favorito na minha visão é o Vélez, que não fez uma primeira fase brilhante, poupando jogadores para o Clausura, onde é líder, porém cresceu na hora certa, disparando 5x0 na LDU no agregado das oitavas de final. Se apostasse em uma equipe, apostaria no Vélez para faturar esta edição.

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