Nesta terça-feira, o Manchester garantiu a classificação sobre o Chelsea com nova vitória, desta vez em Old Trafford, enfrentando provavelmente o Schalke 04 nas semifinais da UEFA Champions League. Ancelotti inventou, deixando Drogba no banco, enquanto Fergusson mostrou a sua estrela que sempre esta brilhando, ao eliminar na eficácia o adversário depois de uma estupenda contribuição do mago Giggs.
A necessidade de vitória obrigou o Chelsea a buscar o ataque, utilizando o losango do meio-campo para tramitar jogadas pelos flancos, enganando a marcação do Manchester e abrindo espaços na entrada da área para as infiltrações de Lampard e de homens surpresas. Nos primeiros minutos, a equipe teve duas boas chances, com Anelka e Lampard, enquanto o Manchester parecia perdido, apenas tentando encaixar algum contra-ataque.
A mudança de panorama foi próximo aos 30 minutos, quando finalmente Fergusson acerta a marcação, possibilitando ao Manchester anular as jogadas agudas do Chelsea, além de possibilitar um avanço ofensivo dos “red devils”. A mudança de postura foi sentida pelo Chelsea, que em poucos minutos levou três cartões amarelos (Ramires, Malouda e Terry). O mexicano Chicharito chegou a ter um gol anulado por impedimento, porém ao fim da primeira etapa o mexicano novamente em condição duvidosa, porém legalizado pelo árbitro Olegário Bequerença, depois de um tabelamento de Giggs com O’Shea, com o galês recebendo em profundidade, invadindo a área em diagonal e servindo o mexicano.
O gol abalou o Chelsea, que só viria reagir na partida na segunda etapa, quando Drogba já estava em campo no lugar do ausente Fernando Torres. O atacante marfinense passou a comandar o time do Chelsea, criando as principais jogadas de ataque, além de marcar o seu gol já aos 31 minutos, recebendo em velocidade e concluindo na saída de Van der Sar. Antes disso, a equipe de Londres já havia perdido Ramires expulso por falta dura em Nani, levando seu segundo cartão amarelo e por consequência o vermelho.
Naquela altura, nem o gol animaria o Chelsea, que já era dominado no meio-campo pelo Manchester, levando logo depois de empatar o segundo gol do adversário, marcado por Park Ji-Sung, recebendo uma açucarada assistência de Giggs e livre dentro da grande área, chutou cruzado na saída de Cech. O gol matou o confronto, que viu até o fim um Chelsea desnorteado, enquanto o Manchester teve chances de encaixar um contra-ataque e marcar mais gols.
Classificação merecidíssima do Manchester, contrariando meus prognósticos pró-Chelsea. O time dos velhinhos Van der Sar, Giggs e Alex Fergusson jogou melhor que o Chelsea na maior parte dos 180 minutos, e usou a sua eficácia fatal para se classificar. A classificação tem as mãos do galês bom de bola Ryan Giggs, que mesmo aos 37 anos, sendo 20 prestados ao seu único clube na carreira, acabou com o confronto, participando ativamente dos três gols dos diabos vermelhos nesta fase, servindo Rooney no primeiro jogo e Chicharito e Park Ji-Sung neste decisivo.
A defesa funcionou, com Ferdinand mesmo descontado segurando o ataque do Chelsea, além de Van der Sar ser o monstro de sempre, fechando o gol dos diabos vermelhos em seus últimos jogos como goleiro profissional, já aos 40 anos. A equipe pegará provavelmente o Schalke 04 nas semifinais, tendo totais condições de avançar para a final.
O torcedor do Chelsea tem motivos para se lamentar com o técnico Ancelotti, que deixou Drogba no banco de reservas para escalar Fernando Torres, que foi nulo em ambos os confrontos. Drogba faria o único gol do Chelsea hoje, além de levar o time nas costas ofensivamente falando. O meio funcionou no primeiro tempo, porém foi nulo na segunda etapa, e Ramires deixou o clube londrino na mão ao ser expulso aos 25 minutos. Não é paranoia minha, mas quase sempre um brasileiro deixa seu time europeu na mão, o que acaba desvalorizando os jogadores brasileiros no exterior.
A equipe de Londres parece em fim de ciclo, com muitos jogadores já passando da barreira dos 30 anos e sem muito o que acrescentar ao clube. Requer um processo de reformulação, com sangue novo, para que possa manter seu histórico recente de rivalidade com o Manchester United.
Barcelona também avança
Vi apenas o gol da vitória do Barcelona, marcado por Messi na vitória de 1x0 frente ao Shakhtar Donetsk. Apenas gostaria de registrar que este gol foi histórico, já que o argentino marcou seu 48º gol na temporada, superando os 47 de Ronaldo Fenômeno na temporada 1996/97, e entrando para a história como maior goleador do Barcelona na temporada. Como amanhã o Real Madrid deverá se classificar para as semifinais, teremos um confronto espanhol de pegar fogo.
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