Falcão estreou no comando técnico Colorado em uma roubada de ter várias decisões pela frente. E até agora teve 100% de sucesso com três vitórias, sendo esta ultima contra o Juventude, a primeira fora de casa e que colocou o Inter na decisão do segundo turno em um Grenal, que poderão ser três no Gauchão caso o Inter o vença, ou será a conquista do Gauchão em caso de vitória gremista.
No jogo de hoje, aperfeiçoamentos no esquema do treinador já puderam ser visualizados, virtude de um maior tempo de treinamento. Oscar entrou na posição de D’Alessandro, que estava suspenso, efetuando eventualmente um “overlap” com Andrezinho, com estes trocando as posições de acordo com as jogadas. Estes meias laterais, que chamo de wingers, estavam mais soltos e centralizavam para armar jogadas e até finalizar, como Oscar que acertou o travessão na segunda etapa.
Porém o jogo teve poucas chances de gols, devido à grande marcação de ambos os lados. O esquema de duas linhas de quatro de Falcão trás segurança à defesa, que só foi ameaçada em algumas falhas de cobertura isoladas, principalmente nas costas dos laterais. Por outro lado, o Juventude conseguiu marcar os médios do Internacional, que conseguiam se movimentar, porém não conseguiam fornecer jogadas para Sóbis e Damião. O primeiro, até tentava voltar para pegar a bola, porém se esbarrava na marcação, enquanto o segundo foi uma ilha isolada que pouco conseguia fazer, pois a bola sempre lhe chegava quadrada.
Com dificuldades de penetração na área de ambos os lados, os gols só sairiam de fora da área, e foram golaços que valeram o preço do ingresso. Primeiro com Bolatti aos 19, recebendo uma bola na entrada da área, dominando no peito e colocando no ângulo de Rafael com um chute seco, pegando na veia. Porém logo depois o volante (que neste esquema chamo de médio-central) fez uma falta boba na intermediária, que Fred acertou o ângulo de Renan na cobrança da infração.
Bolatti, apesar de ter marcado, maculou a sua atuação com faltas, que lhe viriam a merecer o cartão vermelho aos 20 minutos da segunda etapa. Em campo, o Inter foi melhor até o gol de empate sofrido, retomando o controle da partida na segunda etapa, e nem a expulsão do volante argentino foi capaz de diminuir o poderio Colorado. Falcão foi obrigado a recompor o esquema com a entrada de Tinga no lugar de Sóbis e fazendo a função de Bolatti. Tinga agregou com uma saída mais bem qualificada ao ataque, e foi companhia para Damião na jogada que deu a vitória ao Inter, quando o centroavante fez uma linda jogada pela direita, dando uma lambreta no lateral esquerdo do Juventude e cruzando para Tinga cabecear para as redes.
O Juventude tentou, mas não conseguiu atacar nos minutos finais tamanha compactação do Colorado, que buscava inclusive atacar e manter a posse de bola. De perigo, apenas um chute de Cristiano aos 41 chutando pela rede do lado de fora. O Inter mereceu a vitória, que seria dada em questão de tempo, não fosse a expulsão que dificultou as ações, pela inferioridade numérica, mas que se tornou possível devido a Falcão manter suas convicções, mesmo com as adversidades.
A cada jogo o Inter de Falcão se afirma, e a tendência é melhorar ainda bem com um maior tempo de treinamentos. Grenal a vista no domingo, porém antes tem o Peñarol pela Libertadores. Não levar gols no Uruguai é fundamental para a caminhada do tricampeonato do Colorado.
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