O jogo de hoje no Passo D’Areia contra o ilustre Zequinha pode ser considerado aquele que valeu apenas pelos três pontos, pois além do gol, poucas outras coisas viriam a ocorrer na sonolenta partida pelo Gauchão.
Roth finalmente colocou um esquema com dois atacantes. Eu digo finalmente, pois se o treinador tentou isso na última partida, como havia afirmado em entrevista coletiva em relação ao posicionamento de Sóbis, frustrou geral. Na ocasião, o atacante colorado recuava tanto, ficando à mesma linha dos demais meias que não poderia ser considerado um atacante, e sim um meia de ligação pela esquerda.
Contra o Zequinha, o treinador colocou Zé Roberto em linha com Cavenaghi, deslocando-o para o lado direito do ataque. Em contrapartida Oscar saiu da direita e foi para o lado esquerdo da ligação, onde geralmente caia nas variações táticas do esquema 4-2-3-1, porém via seu potencial técnico diminuir nesta localização. No mais, basicamente o mesmo time que havia enfrentado o Novo Hamburgo, e que havia tido dificuldades. Apenas a saída de um volante para a entrada de Oscar, além da entrada de Sorondo na zaga e de Zé Roberto no lugar de Sóbis no ataque.
Com os pseudo laterais Juan e Daniel, as dificuldades encontradas no Beira-Rio retornaram contra o Zequinha, porém neste jogo o Inter conseguiu aproveitar uma de suas únicas chances na primeira etapa, marcando em um chute colocado e rasteiro de Andrezinho da entrada da área. No início da partida, Cavenaghi havia perdido a até então grande oportunidade do Inter na partida.
No mais o que esta gerou foi sono, com pouca inspiração ofensiva colorada e da inoperância técnica do adversário. É bem verdade que a equipe melhorou com a entrada de Sóbis já na segunda etapa, passando a criar mais chances e perder alguns gols, porém a partida também serviu para perder o que considero o melhor zagueiro do plantel na atualidade. Em uma dividida com um adversário, o uruguaio caiu por cima do ombro contra o gramado sintético do Passo D’Areia, que é duro na queda nestas circunstancias. Tivesse sido em um gramado natural, a lesão poderia não ter tanta seriedade, porém só se sabe que o zagueiro deverá desfalcar o Colorado por algum tempo.
No mais, as mesmas observações do confronto contra o Novo Hamburgo. Daniel e Juan não tem condições de ser laterais do Inter. O primeiro não deveria vestir a camiseta colorada por tamanha deficiência técnica, enquanto o segundo é zagueiro, quer jogar na zaga, porém sempre é aproveitado como lateral esquerdo, podendo se queimar perante o torcedor. Não entendi o posicionamento de Oscar caindo pela esquerda, onde diminui seu potencial técnico, nem o de Zé Roberto na direita. Roth deveria ter deixado Zé Roberto na esquerda, enquanto Oscar cairia pela direita, apesar de considerar a sua melhor função como meia centralizado.
Outra observação é em relação ao gramado artificial. O Campeonato Gaúcho, sabe-se, que é de um maior vigor e embate físico entre os jogadores. Cair desajeitado em um campo duro é sentença de lesão, que poderá ser séria e desfalcar os times. Preferiria o investimento em um gramado tipo Desso GrassMaster, que é hibrido, isto é, a grama natural embasada por um tipo artificial de fibra, que assemelha-se a uma grama natural.
É utilizado em praticamente todos os estádios da Premier League, e outros clubes da Bélgica e o Real Madrid utiliza em seu estádio. Seu custo de implantação é mais alto, porém dura mais além de requerer uma menor manutenção. É próprio para estádios onde é uma parte do ano castigado pelo frio, como é aqui no Rio Grande do Sul com as Geadas naturais.
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