Não vi o treino oficial por uma incompatibilidade de horários com outros compromissos, mas pude ver os três treinos livres, e então me baseio neles para tentar explicar este início de temporada.
Na maior parte dos treinos livres, assim como no treino oficial, o que se viu foi um incrível domínio das Red Bulls sobre as demais. Mais uma vez o mago Adrian Newey acertou a mão e vê seus pupilos andar praticamente um segundo na frente das demais. Ano passado a equipe já tinha o carro mais rápido, porém quase perdeu o mundial de pilotos por problemas de confiabilidade de seu RB6, além de crises de imaturidade de seu principal piloto, o alemão Sebastian Vettel. Já neste ano, o carro parece bem mais confiável, e Newey o projetou sem KERS, depois de um cálculo de peso x benefício, onde neste caso, o peso proporcionado pelo equipamento e suas pesadas baterias não compensaria em relação aos cavalos a mais adicionados durante pouco mais de 6 segundos por volta.
Quase um segundo atrás, estão as McLarens, que parecem ter afastado a má impressão da pré-temporada, onde uma série de problemas afetou a escuderia, trazendo um clima de insegurança e apreensão sobre o novo modelo MP4-26. Os engenheiros parecem ter tido tempo para corrigir os problemas e a equipe aparece como a segunda melhor dos treinos, um pouco na frente de Ferraris e Mercedes, porém muito longe das Red Bulls.
Já não pode se dizer o mesmo da Ferrari. Os pilotos ainda não tem o carro na mão, e estão enfrentando sérias dificuldades com os pneus. Alonso ficou com o quinto tempo, enquanto Massa ficou em oitavo. Mas as grandes surpresas deste início de temporada são as escuderias consideradas nanicas, como a Sauber e a Toro Rosso. As duas conseguiram chegar ao Q3, com a primeira alinhando Kobayashi em nono, enquanto a segunda colocou Buemi em décimo.
A corrida se resumirá a dois, ou melhor, a três pelotões. Na frente, as RBR’s dominando e abrindo vantagem em uma vitória que poderá ser de ponta-a-ponta caso não haja problemas no equipamento nem erros dos pilotos ou da equipe nos pitstops. Atrás, Lotus (genérica) e Virgin, que ainda estão anos luz de distancia das demais, enquanto a terceira novata, a Hispania, parou na barreira dos 107% e não largará com nenhum carro. E o terceiro, com as demais equipes, tentando colocar em prática o regime de ultrapassagens forçadas idealizado por Ecclestone.
Fica a expectativa pela corrida. As RBR’s ganharão de ponta-a-ponta? Quantas voltas os pneus macios irão durar? Quantas trocas de pneus serão necessárias? As asas traseiras móveis proporcionarão ultrapassagens?
São muitas outras questões, e hoje pela madrugada começam a ser esclarecidas, e então teremos a primeira visão sobre a Temporada 2011.
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