O que poderia ser o jogo de confirmação do esquema 4-2-3-1 acabou virando motivo de mais preocupação para os Colorados. O Inter poupou jogadores, foi surpreendido, conseguiu a virada, porém cedeu o empate no fim quando tinha a superioridade numérica. Mais uma vez, os velhos problemas de sempre apareceram, e como nunca são sanados, acabam interferindo nas atuações e nos resultados.
Roth começou a partida com um time misto, preservando jogadores para o confronto contra o Jorge Wilsterman na quarta, pela Libertadores. Em função disso, Kléber e Guiñazu nem se fardaram. Massari e Mathias entraram em seus lugares respectivamente, com Daniel permanecendo como titular, assim como Oscar, preservando o esquema 4-2-3-1 utilizado contra o Ypiranga.
Então apareceram os mesmos problemas de sempre. A entrada de Mathias serviu para deslocar Bolatti de sua função de primeiro volante. Como Mathias saí muito para o ataque e não tem vocação para ser o cabeça de área, abriu um buraco na frente da defesa que o Caxias sobre aproveitar logo aos 3 minutos, com Itaqui abrindo o placar. Além do meio, o lado esquerdo defensivo colocado também apresentava problemas, visto que Massari nem atacava e nem defendia, comprometendo o setor. Não sei até que ponto a juventude o atrapalhou, porém não demonstrou condições de atuar pelo time principal. Já Daniel é o mesmo de sempre, bom no apoio e ineficiente na defesa, pois leva muitas bolas nas costas, o deixando muito inferior à Nei, que nem goza de tanto prestigio assim em relação à titularidade.
Do meio pra frente, Damião era uma ilha no meio dos zagueiros caxienses, enquanto apenas Oscar tentava tramar jogadas na individualidade. Tinga ainda está muito abaixo do jogador que foi em sua primeira passagem, contribuindo pouco ofensivamente ao time. Já Zé Roberto, é um caso a ser estudado, pois geralmente a jogada acaba quando a bola passa pelos seus pés. Faz alguns gols, por ter uma impressionante liberdade tática, mas não o diferencio de Carlos Alberto, muito criticado pelas suas atuações no Grêmio. São iguais, ambos apresentam um futebol displicente e pouco objetivo, e caso jogassem em posições idênticas, produziriam a mesma coisa para seus times.
Hoje, além de ter a atuação de sempre, Zé Roberto ainda desperdiçou um pênalti cobrado displicentemente nas mãos do goleiro, minutos depois de o Inter ter empatado com Damião. Para piorar, logo depois o Inter sofreu o segundo gol do Caxias. As impressões do primeiro tempo colorado só não foram as piores, porque aos 45 minutos Damião empatou novamente a partida.
Roth mudou o time, mas não suas convicções. Trocou Massari por Juan, que já fora testado inúmeras vezes sem resposta. Também trocou Sorondo por Índio. Depois viria a colocar Sóbis no lugar de Zé Roberto, obrigando em sua primeira jogada o goleiro André a trabalhar e colocando para escanteio. Na jogada, Damião de cabeça faria o seu segundo hat-trick consecutivo. O Caxias se abateu, perdeu a cabeça com Lima que agrediu Índio e foi expulso, porém teve tempo de se recuperar contra os visíveis problemas defensivos do Colorado e empatou aos 40, com Everton entortando Juan e contanto com a ajuda de Lauro que não fechou corretamente o seu canto.
Empate, críticas e preocupações para quarta. Roth manterá Mathias, voltando aos três volantes? Continuará insistindo com Zé Roberto? Terá a petulância de colocar Oscar no banco? São questões que tenho definidas na minha cabeça, mas não tenho como responder na visão do treinador. Suas convicções são tão estapafúrdicas, que um pseudo treinador de 25 anos conseguiu equivaler seu time, organizado, porém inferior tecnicamente.
Roth tem em mãos um grande material humano, porém não consegue tirar dele o máximo que pode oferecer. Grande parte disso é em função de suas convicções. Ah se não fosse Damião ...
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