Um bom entendedor de futebol no mínimo deve ter dado uma risada com este título, visto que o futebol é competência e bola na rede, porém o que falar do Goiás? A equipe jogou pelo menos 75 dos 120 minutos de jogo melhor que seu adversário, que estava jogando em casa e faminto por um titulo continental que não vinha desde a década de 80.
Pois futebol não é uma ciência exata, onde o melhor sempre vence. Ele carece da eficácia em relação ao aproveitamento das oportunidades, bem como a eficiência por saber criá-las e a competência para convertê-las em escore. E foi isso que aconteceu com o Independiente ontem em Avellaneda. A equipe aproveitou o momento de instabilidade do Goiás e com competência dosada por um pouco de sorte reverteu o placar na primeira etapa, quando era superior à equipe brasileira.
É bem verdade que o Goiás empatou a partida quando o placar ainda era 1x0 para os argentinos, porém em vacilos defensivos goianos, o Independiente chegou aos 3x1 ao fim da primeira etapa. O placar ficou barato para o Goiás, que poderia ter saído do intervalo já sem chances de reação.
Porém na segunda etapa, o Goiás voltou modificado taticamente, tecnicamente e animicamente. Esta combinação o deixou superior ao Independiente, desgastado pelo esforço de ter que buscar o resultado na primeira etapa. Os esmeraldinos pressionaram, tiveram gol corretamente anulado e não conseguiram evitar uma prorrogação. Nesta, a superioridade dos goianos era ainda maior, tendo mais um gol invalidado, também corretamente por impedimento. Os argentinos rezavam para que o tempo adicional acabasse e fosse para os pênaltis, o que acabou ocorrendo.
Na decisão lotérica que é os pênaltis, todos do Independiente converteram, enquanto Felipe desperdiçou para o Goiás. Resultado: 5x3, com título argentino e festa em Avellaneda. O Goiás foi guerreiro e bravo, porém faltou o estigma de campeão. Como consequência, a equipe de Avellaneda conquistou uma vaga para a próxima edição da Libertadores, levando junto o Grêmio. O Flamengo herdou a vaga para a próxima edição da Sudamericana. E o Goiás? O clube depositou todas as suas fichas na Sudamericana, facilitando o seu descenso para a Série B brasileira e ficando sem o título continental. Terá em 2011 uma nova realidade, fora do glamour de enfrentar as grandes equipes nacionais e estando longe das competições internacionais e das exibições da TV.
Em relação à arbitragem, o colombiano Óscar Julian Ruiz privilegiou os lances a favor da equipe da casa, fato comum tratando-se de conmebol. Alguns lances são discutíveis quanto em relação a estar impedido ou não, mas não o considero responsável em nenhum lance capital do jogo.
O Independiente também disputará a Recopa Sul-americana 2011 contra o Internacional e também a Copa Suruga Bank, contra o campeão da Copa da Liga Japonesa.
A impressão que dava é que os deuses do futebol vestiram a camisa do Independiente. Cada golzinho raro...
ResponderExcluirLegal o blógui, convido-o a visitar o www.jogadadefeito.blogspot.com
Abraços.