3 - Falta de convicção em relação aos treinadores
O que Fossati e Roth têm em comum? Talvez só o fato de serem defensivistas declarados e a acessibilidade para ouvir “palpites” da direção, principalmente de Fernando Carvalho. Não é atoa que o time e o sistema não mudaram muito com os dois treinadores, salvo os reforços e a não utilização do sistema 3-6-1 promovido por Fossati mais em seus jogos fora de casa. O time continuava com um maior balanço defensivo, algo que o nosso então vice-presidente admira, por ser retranqueiro de carteirinha.
No mais, além da língua diferente falada por cada um, a postura sob a casamata, relação com os jogadores, reações em campo e extracampo, visão de jogo e variações táticas eram completamente diferentes. É evidente que mudanças dentro de campo são bem vindas, ainda mais se elas retornam em melhores resultados, porém no mais geralmente há convicções sobre o comportamento de um treinador e sua forma de dirigir, o que acaba formatando perfis ideais de treinadores para um clube.
No Inter não se vê isso nesta gestão, com técnicos dos mais diferentes perfis treinando o time, e todos com uma característica em comum: a acessibilidade a mudanças e pitacos sobre o time. Tanto que nesta trajetória houve problemas com técnicos como Muricy Ramalho, que publicamente diz que não aceita intervenções no vestiário. Quem quiser vê-lo novamente no Inter, pode tirar o cavalinho da chuva enquanto esta gestão continuar no poder.
Outro problema visto na gestão é a incapacidade de assimilar o "timming" certo na hora de trocar o treinador. Isto foi visto várias vezes, quando a equipe Colorada já não vinha bem e havia o clamor da torcida, da imprensa, e de até conselheiros para uma mudança de rumo envolvendo o comando técnico. Porém a direção sempre procurava defender o treinador, até mesmo quando a sua situação era insustentável, custando-nos pontos importantes que fizeram a diferença em algumas competições ou até mesmo a eliminação prematura de algumas competições em função desta “convicção” de não mexer nesta peça.
Falando em presente e futuro, ao que tudo indica, Roth ganhará a renovação de contrato por um ano como prêmio, após ser estranhamente poupado da derrocada sofrida no Mundial que, diga-se de passagem, começou bem antes, na preparação da competição, quando decorria o Campeonato Brasileiro. Só pelo que o treinador fez durante os jogos no Mundial, já era passível de demissão por ter uma alta parcela de culpa no resultado pela sua composição tática e o teor das substituições. No último post da "saga" farei uma melhor análise sobre isso, visto que este não é o intuito deste post.
Para ver:
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