segunda-feira, 10 de maio de 2010

A volta de Tinga e as suas perspectivas de utilização

Confirmou-se nesta segunda-feira a contratação do meia/volante Tinga para o Internacional. O jogador de 32 anos preferiu voltar ao seu clube do coração, apesar de a proposta colorada ser menor que a do Fluminense e de um clube do Catar.

Particularmente acho uma grande contratação, podendo equilibrar o meio-campo colorado em um formato de losango, com um volante (provavelmente Wilson Mathias), Tinga pela direita, Guiñazu pela esquerda e um meia, que provavelmente será D’Alessandro. Da geração “eterna” do Colorado, era um dos que gostaria de ver de volta, assim como fora com Bolívar e seria com Fernandão e Jorge Wagner. Grande parte dos Colorados tinham como sonho Tinga e Guiñazu juntos, fato que se tornará real a partir do segundo semestre.

Porém Tinga deverá passar por um processo de adaptação, devido à diferença do futebol alemão para o brasileiro. Lá, há muita pegada e robustez física, o que acaba deixando o jogo e os jogadores lentos. Com 32 anos, Tinga ainda teria gás para ser o velho de 2006, estando devidamente preparado fisicamente para os padrões brasileiros. Acredito que em função disso, o jogador acabe ficando mais pela meia direita, assim como jogava no Inter 2006 de Abel. Devido a isso, elaborei duas situações no analisador tático, que seriam prováveis para a colocação do jogador no esquema elaborado por Fossati.

São três cenários, sendo que dois no 4-4-2, que vem sendo utilizado pelo treinador uruguaio, e um, em uma proposta de 3-5-2 dinâmico, perto do utilizado no São Paulo entre 2005 e 2007.

O Internacional atual usa o 4-4-2, alternando o meio em um formato losango, centralizando D’Alessandro, e em um 4-2-2-2, com dois volantes e dois meias distintos. No primeiro cenário, em um 4-1-2-1-2, Tinga e Guiñazu jogariam praticamente em linha, com o argentino um pouco mais atrás, guardando posição, enquanto o brasileiro teria a possibilidade de atacar mais, ficando mais perto da área adversária e marcando gols. Assim, o Inter não seria alterado taticamente como vem jogando atualmente, apenas substituindo peça por peça.
Já no segundo cenário, o Inter voltaria ao primeiro 4-4-2 idealizado por Fossati, com dois volantes e dois meias distintos. D’Alessandro voltaria a cair mais para a esquerda, enquanto Tinga ficaria pela direita. Guiñazu auxiliaria o primeiro volante, no caso Sandro e que deverá ser Wilson Mathias após a Libertadores.
Já no cenário 3, que alteraria a equipe taticamente e no esquema de jogo, concebi uma tática similar ao São Paulo campeão mundial, que tinha Josué e Mineiro como volantes. Guiñazu exerceria a função do primeiro, que guardaria mais posição e daria o primeiro combate, enquanto Tinga faria a função de Mineiro, que saia mais para o jogo, até finalizando como no gol que deu o Mundial FIFA 2005 contra o Liverpool em Yokohama. Os três zagueiros dariam uma melhor proteção defensiva à equipe, com Eller e Bolívar jogando como “stoppers”, enquanto Sorondo ficaria na sobra. Nei e Kléber poderiam atacar mais, assim como Nei, juntando-se ao meio-campo.

São três propostas interessantes de esquema, onde acho que provavelmente o primeiro será utilizado, mudando apenas a peça e preservando o sistema, porém gostaria de ver a terceira, que acharia mais interessante para este time Colorado, ainda mais depois da saída de Sandro.

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