
É difícil achar alguém que acompanhe razoavelmente futebol pelo mundo que não conheça Adriano. É um atacante de 28 anos, revelado na base do Flamengo e que ganhou notoriedade no futebol italiano, principalmente a serviço da Internazionale, onde ganhou o codinome Imperador. Na seleção, apareceu após a Copa de 2002 e se firmou após a Copa das Confederações de 2005, onde foi o artilheiro e carimbou seu passaporte para a Copa 2006 na Alemanha, onde participou de 4 partidas, alternando a titularidade com Robinho.
De lá para cá sua carreira descambou, com suas confusões extracampo virando matérias prediletas de tabloides sensacionalistas, e o jogador, que sofria de problemas causados pela dependência química, fora deixado de lado pela equipe italiana, e chegou a pensar em encerrar a carreira. Seu ressurgimento foi na temporada passada, quando juntamente com Petkovic encabeçou o titulo brasileiro do Flamengo, sendo decisivo para o tento rubro-negro e se colocando novamente na Seleção Brasileira.
Já Walter tem muito menos histórias para contar. Tem apenas 20 anos e ainda não conseguiu se firmar nem como jogador do Internacional. Na seleção de base, participou do Sul-americano Sub-20, não indo ao Mundial da categoria pelo fato de ter sofrido uma lesão séria no joelho, que o deixou mais de meio ano parado. Nunca foi unanimidade entre os treinadores colorados, sempre sendo preterido por outro jogador de maior confiança do técnico. Tem ascendência humilde, e as dificuldades passadas pela sua família somada com as grandes disparidades salariais e pressões sob sua cabeça lhe fizeram declarar greve contra o Inter.

Não critico as direções de Flamengo e Inter por darem novas chances a Adriano e Walter. O Imperador é essencial para o rubro-negro carioca, podendo ser decisivo na Libertadores e também na Copa para a Seleção Brasileira. Já Walter é novo, tem muito potencial e é patrimônio do Inter, que poderá lucrar vários milhões caso o jogador se firme, e com seus gols desperte o interesse dos clubes europeus. Porém é um momento de dar um basta a cabeça destes jogadores, ou aceitam a ajuda e buscam entrar na linha, ou serão bem menos do que seu potencial poderiam lhe levar.
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