Depois do melancólico empate diante do Cerro pela Libertadores na quinta-feira passada, fiz um post sobre o eminente fracasso do Projeto Libertadores 2010. Porém o fracasso não é só na Libertadores, mas também no Gauchão, que é uma competição menor, com equipes fracas e que só serve para trazer crise aos times. E não deu outra, os 3x0 sofridos ontem no Passo D'Areia escancarou a crise no Internacional, com a torcida se voltando contra o clube e principalmente contra Jorge Fossati, considerado o principal culpado pela crise técnica enfrentada pelo Internacional.
Eu sou a favor da manutenção de treinadores em um projeto, porém a partida de ontem escancarou a rota de colisão do grupo de jogadores com Fossati. Em entrevistas e pela postura em campo dos jogadores, fica evidente o descontentamento do grupo com o esquema e a escalação de Fossati. E este descontentamento entra em campo, com jogadores rendendo bem menos que poderiam render. Após a vergonha de ontem, os dirigentes pela primeira vez não enfatizaram uma possível permanência do treinador, apenas condicionando-a com o uso da palavra “ainda”.
A grande pergunta que fica é sobre a culpa de Fossati. O treinador é culpado pelo mau momento? A resposta é sim, porém este não é o único culpado. Como expliquei em um post anterior, a comissão técnica vem de outra escola, com filosofias de trabalho diferentes do que torcedores, imprensa e até os próprios jogadores esperam. Enquanto a escola latino-americana pelo fato de não possuir jogadores com grande habilidade priva o setor defensivo, a brasileira prescinde de um grande sistema ofensivo para depois ajeitar a defesa. Fossati não se encaixou na filosofia do Internacional, com a equipe ainda não dando liga já no fim de março, onde tudo deveria estar funcionando. Para complicar a situação do treinador, não lhe foi dado um grupo forte, coeso e competitivo em busca do principal título da temporada.
O grupo colorado é fraco, tendo apenas alguns jogadores capazes de exercerem a titularidade. Pior, não há nem os 11 titulares incontestáveis. O que se vê, é um meio-campo potencialmente bom, com peças de reposição, porém não arrumado como fora em 2009, naufragando com o resto do time. Houveram grandes erros de avaliação, pois muitos jogadores envelheceram e já não possuem a mesma capacidade técnica que antes, outros se acomodaram ganhando altos salários, enquanto outro grupo não tem condições técnicas para serem titulares, e por estarem no grupo com a sucessiva venda de jogadores, acabaram tendo seu potencial supervalorizado pela direção, decepcionando a torcida da pior maneira com o seu futebol real.
O que quero dizer com isto? A resposta é que não adiantará trocar de treinador, que pouco melhorará no Internacional. Um novo comando técnico traria um maior ânimo ao grupo, que passaria a ganhar confiança e quiçá melhorar. Porém um novo treinador não deixaria Índio, Bolivar e Eller quatro anos mais novos, nem transformaria Edu, Taison e Alecsandro em craques. O Inter joga muito mais que a equipe que empatou em 0x0 com o Cerro e dos 3x0 diante do São José de Porto Alegre, porém com todos rendendo o seu melhor futebol, será insuficiente para fazer desta equipe campeã. Falta renovação, reforços e consequentemente força no grupo.
Fossati faz parte do Projeto 2010 que foi criado pela direção de futebol. A impressão é que não houve critérios na sua contratação, com a sua filosofia não sendo analisada e nem os riscos que sua contratação poderia trazer em caso de fracasso. O projeto também trouxe as convicções estapafúrdias que este grupo é o melhor do Brasil, e que com reforços pontuais ficaria pronto para a Libertadores. O grupo pode até ser o maior do Brasil em relação à folha de pagamento, porém no futebol deixa muito a desejar. Talvez a direção tenha constatado isto, e por este motivo ainda não teria demitido o treinador.
O caso é que o Inter precisa de um fato novo, uma luz, para retornar aos trilhos. Isto será possível com Fossati? Não sei, só será possível caso a direção consiga demover a ideia de descontentamento quanto ao esquema e escalação por parte dos jogadores. Não sei se conseguirá tal fato, devendo Fossati pagar o pato pelo projeto fracassado. Porém a direção já pode pensar em uma renovação quase total do grupo na parada da Copa, quando tudo parará em função da maior competição do futebol. A fila anda, muitos jogadores terão que sair para que outros com sangue novo e com qualidade possam chegar e melhorar tecnicamente o Inter.
Eu sou a favor da manutenção de treinadores em um projeto, porém a partida de ontem escancarou a rota de colisão do grupo de jogadores com Fossati. Em entrevistas e pela postura em campo dos jogadores, fica evidente o descontentamento do grupo com o esquema e a escalação de Fossati. E este descontentamento entra em campo, com jogadores rendendo bem menos que poderiam render. Após a vergonha de ontem, os dirigentes pela primeira vez não enfatizaram uma possível permanência do treinador, apenas condicionando-a com o uso da palavra “ainda”.
A grande pergunta que fica é sobre a culpa de Fossati. O treinador é culpado pelo mau momento? A resposta é sim, porém este não é o único culpado. Como expliquei em um post anterior, a comissão técnica vem de outra escola, com filosofias de trabalho diferentes do que torcedores, imprensa e até os próprios jogadores esperam. Enquanto a escola latino-americana pelo fato de não possuir jogadores com grande habilidade priva o setor defensivo, a brasileira prescinde de um grande sistema ofensivo para depois ajeitar a defesa. Fossati não se encaixou na filosofia do Internacional, com a equipe ainda não dando liga já no fim de março, onde tudo deveria estar funcionando. Para complicar a situação do treinador, não lhe foi dado um grupo forte, coeso e competitivo em busca do principal título da temporada.
O grupo colorado é fraco, tendo apenas alguns jogadores capazes de exercerem a titularidade. Pior, não há nem os 11 titulares incontestáveis. O que se vê, é um meio-campo potencialmente bom, com peças de reposição, porém não arrumado como fora em 2009, naufragando com o resto do time. Houveram grandes erros de avaliação, pois muitos jogadores envelheceram e já não possuem a mesma capacidade técnica que antes, outros se acomodaram ganhando altos salários, enquanto outro grupo não tem condições técnicas para serem titulares, e por estarem no grupo com a sucessiva venda de jogadores, acabaram tendo seu potencial supervalorizado pela direção, decepcionando a torcida da pior maneira com o seu futebol real.
O que quero dizer com isto? A resposta é que não adiantará trocar de treinador, que pouco melhorará no Internacional. Um novo comando técnico traria um maior ânimo ao grupo, que passaria a ganhar confiança e quiçá melhorar. Porém um novo treinador não deixaria Índio, Bolivar e Eller quatro anos mais novos, nem transformaria Edu, Taison e Alecsandro em craques. O Inter joga muito mais que a equipe que empatou em 0x0 com o Cerro e dos 3x0 diante do São José de Porto Alegre, porém com todos rendendo o seu melhor futebol, será insuficiente para fazer desta equipe campeã. Falta renovação, reforços e consequentemente força no grupo.
Fossati faz parte do Projeto 2010 que foi criado pela direção de futebol. A impressão é que não houve critérios na sua contratação, com a sua filosofia não sendo analisada e nem os riscos que sua contratação poderia trazer em caso de fracasso. O projeto também trouxe as convicções estapafúrdias que este grupo é o melhor do Brasil, e que com reforços pontuais ficaria pronto para a Libertadores. O grupo pode até ser o maior do Brasil em relação à folha de pagamento, porém no futebol deixa muito a desejar. Talvez a direção tenha constatado isto, e por este motivo ainda não teria demitido o treinador.
O caso é que o Inter precisa de um fato novo, uma luz, para retornar aos trilhos. Isto será possível com Fossati? Não sei, só será possível caso a direção consiga demover a ideia de descontentamento quanto ao esquema e escalação por parte dos jogadores. Não sei se conseguirá tal fato, devendo Fossati pagar o pato pelo projeto fracassado. Porém a direção já pode pensar em uma renovação quase total do grupo na parada da Copa, quando tudo parará em função da maior competição do futebol. A fila anda, muitos jogadores terão que sair para que outros com sangue novo e com qualidade possam chegar e melhorar tecnicamente o Inter.
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