Na reedição da final da Copa do Mundo de 2010, a Holanda se vingou da perda do título e aplicou uma verdadeira surra nos atuais campeões, com direito a atuação de gala de Robben. Goleada e atuação para entrar na história da competição tamanha a superioridade holandesa na segunda etapa, quando construiu o expressivo escore que só não foi maior em virtude das defesas milagrosas de Casillas.
No início do jogo, a Espanha até conseguiu impor o seu futebol “Tiki-taka”, que levou o selecionado ao status de melhor Seleção do Futebol Mundial ao conquistar o seu primeiro titulo mundial e duas Eurocopas. O selecionado espanhol conseguia vantagem frente a uma marcação deficiente da Holanda, que contava com indecisão do sistema defensivo composto por três zagueiros em um 3-4-1-2, que virava um 5-2-1-2 em virtude dos laterais fecharem a defesa para tentar neutralizar a pressão espanhola.
A Holanda teve a primeira chance da partida com Sneijder, que recebeu livre e não conseguiu desviar de Casillas. Porém seria a Espanha que viria a abrir o placar aos 26, quando Diego Costa foi lançado e cavou um pênalti de Vrij. As imagens do replay mostraram que o atacante brasileiro naturalizado espanhol pisou no defensor holandês e caiu, o que significou um erro da arbitragem. Xabi Alonso abriu o placar: 1x0. A “La Roja” teria a chance de ampliar com David Silva aos 42, em mais um lançamento em profundidade, porém o meia do Manchester City não conseguiu desviar do goleiro Cillessen.
Diego Costa pisando na perna do defensor holandês para cair e cavar o pênalti a favor da Espanha |
A Holanda de van Gaal só iria melhorar na parte final da primeira etapa, quando o treinador conseguiu adiantar a marcação do seu time, complicando o estilo de jogo espanhol, porém não conseguindo muitas oportunidades em virtude da baixa criatividade do time, que dependia de lançamentos e jogadas diretas. Em uma delas, o ala esquerdo Blind lançou Van Persie no ponto futuro, que inteligentemente desviou de peixinho, matando Casillas e empatando o jogo.
O gol melhorou a Holanda, que terminou superior a Espanha na primeira etapa e viria a dominar no segundo tempo, quando passou a dominar a posse de bola no campo de ataque, encurralando a Espanha. A forte chuva também ajudava, tendo em vista que complicava o estilo de jogo Espanhol.
Foto: @AllSportSnapper |
Naquela altura, a Espanha estava entregue e a Holanda teve chance de marcar mais gols. Porém Casillas impediu que as finalizações de Wijnaldum e Robben virassem gols. A Espanha até tentava atacar, porém era a Holanda que era impiedosa.
Uma derrota por 5x1 de forma humilhante deixará marcas, e contestará o estilo de jogo espanhol. Será que o “Tiki-taka” esgotou? Para complicar a Fúria, há o bom Chile no Grupo B, e o saldo de gols poderá fazer a diferença. A seleção terá que driblar duas maldições, pois nas últimas 4 Copas, a Seleção Campeã da edição anterior ficou na fase de grupos. Apenas o Brasil em 2006 foi mais longe, mas parou nas quartas-de-finais. Outra maldição é a da camisa branca, que traz azar com históricas eliminações em Copas. Inicialmente a Espanha não usaria o branco, porém foi forçada por determinação da FIFA, já que a entidade priva pelo contraste dos uniformes dos times. Contra a Holanda de azul, nem o vermelho e muito menos o preto servia.
Mais uma partida com interferência da arbitragem. O pênalti inexistente e a falta em Casillas macularam a atuação de Nicola Rizzoli, porém em virtude da expressiva goleada holandesa, acabou ficando em segundo plano. O festival de erros da arbitragem nestes primeiros jogos chama a atenção, pois está interferindo nos resultados das partidas.
A Holanda mostrou-se promissora para esta Copa do Mundo. Pensei que em função dos desfalques e da renovação da defesa, o time de Van Gaal pudesse ter dificuldades. Porém os jogadores assimilaram o estilo de jogo do treinador, e somado com a individualidade de Robben e o oportunismo de Van Persie, poderão levar o time longe novamente.
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