Salvador está mostrando ser a terra dos gols nesta Copa do Mundo. Depois dos 5x1 da Holanda na Espanha e dos 4x0 da Alemanha em Portugal, os baianos puderam assistir à vitória da França sobre a Suíça por 5x2, em uma grande jornada dos Les Bleus.
Os dois times vieram com mudanças. A França com as saídas de Pogba e Griezmann para as entradas de Sissoko e Giroud, mudando o esquema para um 4-3-3, com Valbuena na direita e Benzema mais para a esquerda, apesar de eventualmente Valbuena variar como um quarto homem do meio-campo centralizado, no que seria um 4-3-1-2. A Suíça teve as entradas de Seferovic e Mehmedi, destaques na reação contra o Equador para as saídas de Drmic e Stocker, porém mantendo o esquema 4-2-3-1.
A França começou com dificuldades na ligação, já que a Suíça começou mais bem postada, com a marcação adiantada e controlando o meio-campo. Porém, aos poucos, a França foi encontrando soluções até chegar ao primeiro gol, aos 16, com Giroud ganhando da defesa suíça de cabeça após cobrança de escanteio, e aos segundo aos 17, em uma saída totalmente displicente de Behrami, que deu de presente para Benzema servir Matuidi para fazer o segundo. Os dois gols em dois minutos foram um grande baque para a Suíça, que minutos antes havia perdido o zagueiro Von Bergen que levou um chute não intencional de Giroud, e que teve que ser substituído por Senderos, que voltou a fazer dupla com seu ex-companheiro de Arsenal Djourou, e que não deixaram saudades ao torcedor gunner.
Fotos: @fifaworldcup_pt |
A Suíça tentou reagir, e até criou chances, porém o contra-ataque francês era mortal, e em uma jogada de Benzema na esquerda, até de certo ponto despretensiosa, em função de o atacante não possuir ângulo para fazer muita coisa, Djourou infantilmente o derrubou, em um pênalti corretamente assinalado. Benzema cobrou, o goleiro Benaglio defendeu e no rebote Cabaye, livre e com o goleiro batido, acabou acertando o travessão. Porém aos 39, em um rápido contra-ataque, Giroud foi lançado por Varane em um passe de mais de 40 metros e em diagonal cruzou para Valbuena marcar o terceiro.
A enorme vantagem conquistada no primeiro tempo deu-se principalmente em função da má partida de Lichtsteiner, que fazia do setor defensivo suíço uma avenida por onde a França trabalhou bastante. No início da segunda etapa, a Suíça até tentou reagir, ficando mais tempo com a posse de bola, porém sem objetividade e verticalidade para criar chances perigosas. O time quando concluía, chutava longe do gol.
O treinador Deschamps começou a mudar o time, com a entrada de Pogba no lugar de Giroud, e depois Koscielny no de Sakho. Pogba logo apareceria com uma linda assistência para Benzema marcar 4x0. Aos 27, Sissoko marcou o quinto após um lançamento de Cabaye e a França ainda perdeu chances para ampliar, graças ao goleiro Diego Benaglio que fez duas grandes defesas.
No final da partida, os franceses diminuíram o ritmo e a Suíça conseguiu descontar duas vezes, uma com Dzemaili em chute da intermediária rasteiro no canto de Lloris e outro com Xhaka, após lançamento de Inler. No último lance da partida, Benzema chegou a marcar o sexto, porém o árbitro havia encerrado o jogo segundos antes.
A vitória mostrou a consistência francesa, que apresenta opções para variação de esquema e vida sem Ribery, já que a perda do jogador, terceiro melhor do mundo em 2013, foi muito sentida. Há a possibilidade de jogar com Pogba e ter junto com Matuidi dois volantes com grande potencial ofensivo, bem como apostar em dois homens de referência, no caso Giroud e Benzema, onde um cai para um dos cantos e é possível adiantar um meia, no caso Valbuena, para o 4-3-3. O time mostrou verticalidade, objetividade e intensidade ofensiva, com um contra-ataque avassalador, explicou o bom escore, e mostrando que pode chegar longe na Copa do Mundo.
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