Se fora de campo, os preparativos para a Copa do Mundo deixaram a desejar, com gastos públicos excessivos, obras inacabadas e falta de planejamento, a expectativa ficou reduzida para os jogos do torneio do Brasil, denominado como a Copa das Copas.
Porém até dentro de campo a Copa está sofrendo e várias Seleções contam com desfalques, o que reduzirá o poder de fogo da maioria das seleções. A revista Placar fez um levantamento (veja aqui) de 55 jogadores que foram cortados de suas respectivas seleções, que vão de promessas, revelações, lideranças a grandes jogadores, e que reduzirão um pouco do charme da competição.
Das perdas mais sentidas, temos Falcao Garcia que seria a referência da Colômbia, Ribéry, que levou o prêmio de terceiro melhor jogador do mundo em 2013 e que para muitos foi a peça mais importante do título do Bayern de Munique, e mais recentemente o alemão Marco Reus, de grande temporada pelo Borussia Dortmund e que poderia ser um diferencial para o selecionado alemão.
Outros jogadores também poderiam contribuir para suas seleções, como Badstuber e Schmelzer (Alemanha), Benteke (Bélgica), Jesús Navas, Thiago Alcántara e Jesé Rodríguez (Espanha), Strootman (Holanda), Theo Walcott e Jay Rodríguez (Inglaterra), Montolivo (Itália), Montes (México), Bruma (Portugal) e Shirokov (Rússia). Enfim, é uma extensa lista, que somada com dúvidas em virtude da condição física preocupar, como Cristiano Ronaldo (Portugal) e Luíz Suárez (Uruguai), além da ausência de outros craques que não conseguiram classificar suas seleções ou que foram preteridos por opção dos treinadores deixará o torneio esvaziado e enfraquecido, pois há muitos jogadores insubstituíveis em suas respectivas Seleções.
A situação preocupa a FIFA, em virtude da Copa do Mundo ser realizada a cada quatro anos e ser o seu principal produto, que já gera críticas na entidade, em virtude do apertado calendário europeu, cuja soma de jogos importantes, tempo de preparação cada vez menor e a exigência física cada vez maior vitimou ou descontou vários jogadores para o torneio.
O texto do jornalista Rodrigo Mattos (leia aqui) expõe uma critica pública de Blatter a respeito das contusões e a resposta de Platini, que é o presidente da UEFA, que em tese seria o alvo das criticas. Nota-se um impasse, que dificultará qualquer ação da FIFA buscando alterar o calendário nos anos de Copa do Mundo, o que é necessário para que a competição mantenha a qualidade e os melhores jogadores 100%, oferecendo um tempo de preparação adequado.
Se por um lado há a tradição da Copa do Mundo, por outro há um poder cada vez maior dos clubes e suas respectivas associações, que de tempos em tempos conseguem reduzir cada vez mais o espaço das Seleções no calendário anual. E é um caminho sem volta, pois são os clubes que movimentam economicamente o esporte e pagam salários cada vez mais milionários aos craques, e dificilmente aceitariam uma redução em seus calendários, muito menos uma limitação de jogos de seus principais jogadores em anos de Copa.
Há ainda a investigação sobre a Copa de 2022 sobre supostas irregularidades na escolha do Qatar como sede do torneio, e que se forem encontrados problemas, seria um escândalo que respingaria economicamente e politicamente na entidade, já que esta sofreria sanções com seus milionários patrocinadores, além de perder prestígio e credibilidade.
Na minha visão, a solução seria reduzir o número de clubes nas primeiras divisões e a quantidade de datas nas Copas, o que permitiria um tempo a mais de preparação. Sem fossem reduzidas quatro datas nas Copas nacionais e mais quatro nos nacionais, já teríamos cerca de um mês a mais de preparação, já que é comum os clubes atuarem duas vezes por semana na Europa. Mas os clubes teriam queda de receita em virtude de renegociação de direitos de TV, patrocínios e do chamado Match Day. Quem pagaria a conta?
Atualização 00:00 (09/06)
O Equador comunicou, agora a pouco, o corte de Segundo Castillo, que havia sofrido lesão no joelho. Castillo torna-se o 56º atleta cortado para a Copa 2014.
Atualização 00:00 (09/06)
O Equador comunicou, agora a pouco, o corte de Segundo Castillo, que havia sofrido lesão no joelho. Castillo torna-se o 56º atleta cortado para a Copa 2014.
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