A Argentina jogou muito mal, porém conseguiu vencer o Irã por 1x0 em Belo Horizonte pelo Grupo F graças a Lionel Messi, que acertou um lindo chute no final da partida, quando o Irã era mais consistente e até superior ao selecionado argentino. A segunda vitória, de forma apertada, garantiu a classificação dos sul-americanos para a segunda fase.
Sabella manteve o time que virou contra a Bósnia, com Higuaín e Gago em um esquema 4-3-3. O primeiro tempo foi difícil para a Argentina, que conseguiu se movimentar pouco e esteve pouco criativa diante de uma Seleção bem organizada, e que se defendia praticamente com 10 jogadores de linha. Ao todo, o time teve 73% de posse de bola na primeira etapa, chegando a ter 80% em determinados momentos do jogo, porém era pouco objetiva, já que jogadores de movimentação como Messi e Aguero estavam muito estáticos, e o time dependia basicamente das individualidades e da bola parada, responsável por grande parte das suas 11 conclusões. O melhor momento do time foi quando Di Maria conseguiu vantagem pela esquerda dos 10 aos 15 minutos, quando o time argentino chegou pelo menos umas três vezes com perigo.
A Argentina chegou a ter incríveis 80% de posse de bola ao longo de boa parte da primeira etapa, mas dependeu de individualidades e da bola parada, onde o time argentino ganhava quase todos os lances na área do Irã e de onde surgiu grande parte das suas 11 conclusões do primeiro tempo.
Foto: @mundodeportivo |
O Irã se restringiu na primeira etapa apenas a irritar a defesa argentina e ganhar tempo, com as faltas bobas cometidas pelo adversário, porém resolveu se soltar mais no segundo tempo, e passou a explorar as deficiências de recomposição do adversário, criando chances de gols em contra-ataques. Ghoochannejad e Dejagah infernizaram a defesa argentina, com o centroavante obrigando Romero a fazer uma grande defesa em cabeceada, enquanto que Dejagah chegou a ser derrubado na área, em um lance que foi mais pênalti que muitos marcados até agora na Copa do Mundo, porém o árbitro Milorad Mazic não assinalou.
O jogo estava tão feio que o Irã era melhor na segunda etapa, pois conseguia se defender bem e se arriscava em contra-ataques, obrigando participação de Romero, que fez mais algumas intervenções. Sabella colocou Palacio e Lavezzi nos lugares de Higuaín e Aguero, mas sem acrescentar taticamente, já que Palacio jogou centralizado, perdendo boa parte do seu potencial de movimentação. Imaginava Messi como um falso 9, e a Argentina seguiu com a sua partida constrangedora, não conseguindo sequer oferecer riscos ao Irã, até que já nos descontos Messi, em jogada individual, acertou um lindo chute da intermediária no ângulo de Haghighi, marcando o gol da vitória da Argentina, mas que estabeleceu injustiça para o Irã, em virtude da grande atuação do time asiático dentro de suas limitações.
Foto: @fifaworldcup_pt |
A Argentina já está classificada no Grupo F com as suas duas vitórias, porém ainda não convenceu. No primeiro jogo, o problema foi dado ao sistema com três zagueiros pessimamente escolhido por Sabella, porém o tão esperado 4-3-3 visto no segundo tempo, e que foi mantido pelo treinador, manteve-se problemático, em virtude de não haver no elenco um meia com característica de criação, deixando o time muito dependente de movimentação e individualidades, algo complicado contra equipes fechadas.,
Ainda não consigo entender o motivo que fez Sabella não convocar D’Alessandro, que seria muito útil ao grupo. A Argentina mostra muita desorganização, o que me faz parecer que o time não irá longe na Copa do Mundo, ficando pelo caminho quando pegar uma equipe mais forte. A sorte é que a tabela e o chaveamento foi muito bondoso com a Seleção, que deverá chegar sem problemas até as quartas-de-finais.
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