domingo, 27 de abril de 2014

Empate com sensação de dois pontos perdidos

Antes de a bola rolar, um empate do Internacional com o Botafogo no Maracanã seria considerado um bom resultado. Mas e porque não foi? A resposta é circunstâncias. É inconcebível que um time que pense em título, que vencia com autoridade por 2x0 e com controle total do jogo cair tanto de produção a ponto de permitir que um adversário batido pudesse reagir.

Na primeira etapa, o Internacional até não começou bem, ou melhor, não mostrou tudo que sabemos que poderia mostrar e que foi visto em alguns jogos. O time conseguia marcar sob pressão na intermediária ofensiva, além de conseguir controlar a posse de bola no campo de ataque e oferecer poucas possibilidades ao adversário. De jogadas agudas apenas duas, que resultaram em dois gols de Rafael Moura. No primeiro, um grande lançamento para Aránguiz, que em jogada individual se livrou do marcador e cruzou para o He-Man marcar. No segundo, foi a vez de um lançamento para Valdívia, que se encontrava dentro da área e teve a tranquilidade para servir Moura para marcar o segundo.

Até o segundo gol, não podíamos considerar que o Inter dominava o jogo, porém soube ser efetivo e aproveitou suas chances ofensivas, enquanto que atrás a marcação funcionava, no campo do adversário, compacta, como um time deve se portar.  Os últimos minutos do primeiro tempo foram dominantes, pois o Botafogo criticado pelo seu torcedor caiu na lona, entregue, e era apenas uma questão de oportunidade para que o Inter marcasse o terceiro e matasse o jogo.

Porém não matou, e no segundo tempo, veio com uma postura totalmente diferente, mais recuada e procurando explorar os contra-ataques. Até vinha dando certo nos primeiros minutos, enquanto que o Botafogo já com duas alterações provenientes do intervalo tentava em vão reagir. Até que apareceram falhas defensivas e que permitiram a reação do Botafogo. Primeiro, Dida saiu mal, ou melhor, errou ao não sair do gol e Emerson Sheik cabeceou para descontar. Minutos depois, Sheik serviu Zeballos, que livre em meio a vários defensores Colorados pôde desviar de carrinho para as redes. O adversário cresceu e com toda a sua limitação conseguiu opôr forças em busca de uma virada. 

A apatia do Inter era tamanha que Abel mexeu no time, promovendo as entradas de Otávio, Gladestony e Wellington Paulista, que pouco acrescentaram. Apesar de o Botafogo seguir, desta vez apoiado pela sua torcida, tentando a vitória, o Inter tinha a possibilidade do contra-ataque contra uma defesa escancarada, e cujos espaços chegavam a ser risíveis tamanha a ineficiência defensiva. Porém em dois das três grandes oportunidades que o Inter teve com vantagem numérica, Gladestony e Paulão armaram, e, como previsível, não deu em nada, em virtude desta não ser a característica de ambos. Otávio, que poderia acrescentar, entrou mal, pouco produziu e ainda arrumou uma expulsão ao revidar uma entrada de Lucas, que seria expulso de qualquer maneira por chegar forte no jogador Colorado.

Jogo de dois pontos perdidos para o Inter e de um ganho pelo Botafogo. São pontos perdidos como estes que faltam no fim do campeonato na busca de objetivos como título e Libertadores. As lesões constantes e a queda do segundo tempo precisa ser reavaliada, pois o time ficou totalmente desorganizado e desmontado, com jogadores saindo de suas posições e atrapalhando a evolução do time.  A defesa também precisa ser revista, pois nos melhores momentos do setor na temporada, a zaga era formada por Paulão e Ernando. A predileção por Juan não faz sentido. 

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