Nesta última semana aconteceu o que estava previsto: Inter seria eliminado da Copa do Brasil e a sua temporada 2013 encerrou-se antecipadamente. É bem verdade que o time ainda precisa de pelo menos 3 pontos nos 21 que ainda disputará para não correr riscos de rebaixamento, porém já é quase um fato que o clube não estará na próxima edição da Libertadores. Apenas a matemática e suas improváveis combinações ainda lhe dão vida.
Sendo realista e projetando que o clube termine o Campeonato Brasileiro no limpo (8º a 12º lugar), é razoável que a diretoria comece a planejar a próxima temporada, procurando garantir a prioridade na negociação com algumas das revelações deste campeonato e que poderiam acrescentar para a próxima temporada. Vários jogadores têm contrato se encerrando em dezembro e já poderiam assinar um pré-contrato.
Além de contratar, o clube precisará dispensar vários jogadores do atual elenco, seja por insuficiência técnica ou pela idade avançada, já que houve um grande erro na montagem/manutenção do plantel para esta temporada, que acabou levando o clube ao ostracismo nas competições, embora tenha uma das maiores folhas de pagamento do futebol brasileiro. O problema é que apenas os contratos de Índio, Gabriel, Kleber e Caio se encerram no final desta temporada, o que exigirá capacidade da direção em negociar ou rescindir contratos.
É aí que entra o primeiro dilema, já que a direção parece não ter notado que o ciclo vitorioso (2006-2010/11) se encerrou, e sempre busca manter referências a esta época gloriosa, mas que hoje corresponde a acomodação e jogadores experientes. O grupo de jogadores deste final de 2013 é formado basicamente pela continuidade do grupo de 2010 com alguns reforços do ciclo vitorioso. Para complicar, as contratações adicionais mesclaram jogadores com idade avançada e em franca decadência, além de outros jogadores que não eram unanimidade em seus clubes, e que mostram deficiência técnica para compor o grupo do Internacional.
Desde 2011 que o grupo de jogadores carece de uma sensível oxigenada, porém pouco foi feito, com a manutenção da base e as ditas contratações referidas no parágrafo anterior. Como resultado, o time foi apenas um figurante nas grandes competições. Nem o torcedor parece ter se dado conta que o ciclo se encerrou, pois não cobram de uma forma mais consistente soluções para o grupo de jogadores do Colorado.
Além do grupo de jogadores, o clube precisará de um novo técnico para 2014, já que é sabido que Clemer continuará apenas até o final do ano, dando mostras que ainda precisa de mais um período de experiência nas categorias inferiores ou até mesmo em outros clubes para ter condições para se estabilizar no comando técnico do Inter futuramente.
Abel Braga já manifesta publicamente as tratativas de negociações para ser o futuro técnico do Inter, porém, antes de contratá-lo, devem-se avaliar quais serão as suas ambições treinando o Inter, já que o treinador conquistou os títulos mais importantes do clube, e se não tiver a vontade de atingir novos desafios acabará não agregando valor, tendo em vista que o clube precisa de novos nomes dispostos a encarar novos desafios.
A próxima temporada será emblemática por ser o primeiro ano do “Novo Beira-Rio”. Se a direção não se der conta que está em 2014, acabará fracassando novamente, com um grupo cada vez mais necessitado em oxigenação.
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