sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Grupo Colorado preocupa para o futuro

Na última quarta-feira, o Internacional divulgou o seu Balanço de Resultados Orçamentários, onde comparou os valores efetivos (realizados) com os orçados (previstos). O Clube possui um superávit de pouco menos de 17 milhões para os 5 meses finais do ano, que poderão ser insuficientes para cobrir os gastos que terá até o final da temporada.

O clube gastou 35% mais do que planejava, enquanto que a arrecadação foi 11% maior, fruto das negociações de Fred e Moledo, que comparadas com as contratações e a alta folha salarial ainda geram um descompasse financeiro que deverá corroborar com o déficit. O que impressionou foi o fato do clube ter orçado aproximadamente R$ 58 milhões em negociações de atletas, número expressivo e que foi ultrapassado pelos R$ 71,5 mi efetivos. Acho um absurdo um clube já planejar arrecadar este valor com atletas, pois sempre fica na dependência de boa fase para vender, e quando esta não vem, ou desmonta o time ou fica com um alto déficit.

Para 2014 as previsões são preocupantes, pois o clube deverá orçar um valor similar ou, talvez, até maior que o de 2013, porém não possui, hoje, jogadores que possam render razoáveis dividendos em um curto prazo. Além de ter que reformular todo o time, cuja base ultrapassa dos 30 anos, o Internacional terá que torcer para que Otávio se firme a ponto de tornar-se atrativo e valorizado na Europa, além de Damião recuperar o seu futebol e voltar ao patamar valorativo anterior ao da sua má fase.

O elenco do Internacional está parcialmente envelhecido, pois jogadores como Alex, Gabriel, Índio, Juan, Kléber, D’Alessandro, Jorge Henrique, Forlán e Rafael Moura estão com 30 anos ou mais, enquanto que outros jogadores contratados ou que até já faziam parte do grupo, como Airton, Williams, Ednei, Ygor, Josimar e Alan Patrick não convencem, não mostrando capacidade para ser titular no clube. 

O desejo do post não é escrever a mesma coisa que escrevi ontem, quando fiz uma análise no elenco, além de sugerir uma grande reformulação no plantel, porém o elenco atual preocupa até em previsões de futuras negociações, pois o clube está apostando em jogadores experientes que não têm valor de mercado, enquanto que as categorias de base estão revelando poucos jogadores.

Crédito: AI Inter
O Campeonato Brasileiro está mostrando que investir em elencos envelhecidos não gera resultado. No início até foi considerado o campeonato dos experientes, porém com o acúmulo de jogos nas quartas e nos domingos, os clubes comandados pelos “vovôs” caíram acentuadamente de produção, com estes referenciais passando a ser meros coadjuvantes em seus clubes. Apenas o Inter seguiu escalando seus veteranos, e conseguiu apenas 3 vitórias em 13 jogos, que lhe inviabilizou na luta pelo título e praticamente o tirou da luta pelo G4. 

Imagino que para o Inter possa ter sucesso em 2014, o seu time titular tenha no máximo 4 jogadores acima dos 30 anos, dos quais um seria o goleiro. Um clube precisa de jogadores experientes para o seu time titular, porém os demais têm que oferecer vitalidade, vontade, movimentação e principalmente velocidade para tornar o time dinâmico. Hoje é possível fazer um time relativamente barato mais qualificado em resultados que um time caro de veteranos, prova disso é o Atlético-PR estar no G4, além de Botafogo e Cruzeiro, com folhas sensivelmente menores que a da Dupla Gre-nal, serem os únicos times capazes de levar o Brasilerão 2013.

Como Dunga não deverá permanecer, hoje pode-se afirmar que o clube entrará 2014 sem treinador, sem grupo de jogadores e com um time titular envelhecido, lento e tecnicamente insuficiente.  

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