segunda-feira, 27 de maio de 2013

Formula 1 precisa repensar o seu rumo

Desde quando comecei a assistir a F1, em meados dos anos 90, a tive como uma categoria de máximos, onde o regulamento premiava o conjunto piloto/carro mais regular entre os melhores. 

A categoria já teve carros infinitamente superiores aos demais, mas que se perdiam em meio à temporada por quebras ou por erros de seus pilotos, porém com estes e/ou suas equipes privando-se de pontos (e títulos) em virtude de seus excessos.

Hoje, porém, a categoria toma um rumo contrário, onde quem poupa mais pneus acaba se dando bem nas corridas. Com isso, presenciamos pilotos arrojados obrigados a mudar a sua forma de pilotar, senão ficariam sem pneus e ainda correriam o risco de levar punições. Tenho na F1, assim como qualquer corrida de automobilismo, uma disputa entre os mais rápidos, onde o que for melhor vence. Contudo, o que está ocorrendo é demais, tanto que os GPs estão cada vez mais monótonos.

Tudo bem. Até é válido o argumento de redução de custos, pois houve um superinflacionamento da categoria com a era das montadoras, porém não se pode cortar a competitividade pela raiz, pois esta é a alma desse esporte. Outro fator que está descaracterizando a categoria é o fato de esta ter motores engessados, evoluções aerodinâmicas limitadíssimas, um monopólio no fornecimento de pneus, poucos treinos e a dificuldade em montar novos times, o que acaba roubando um pouco o charme que a categoria conquistou de ser a dos “máximos”, pois proporcionava muitas inovações tecnológicas.  

Diferentemente de outras categorias, a Formula 1 historicamente presenciou menos ultrapassagens, porém disputas épicas por posição. Bernie limou isso, pois na medida em que os pneus se desgastam como se fossem de papelão, não há a menor chance de um piloto evitar a ultrapassagem pois, por mais bravo que seja, o piloto de trás ainda poderá acionar o dispositivo DRS, que lhe faz ganhar alguns Km/h que o piloto da frente não disporá para defender a sua posição.

Ainda espero que a categoria volte às suas origens e possa me devolver o prazer de acordar cedo aos domingos para presenciar ótimas disputas, sem que haja uma necessidade geral de poupar equipamento e com a competitividade sendo definida no braço. 

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