O primeiro jogo
envolvendo brasileiros que assisti pelo FoxSports ficou marcado por acontecimentos extraordinários, que influenciaram
diretamente no placar da partida.
Em campo, o Vasco (de azul!) não conseguiu impor a superioridade
técnica contra um dos times mais fracos da competição, que ainda vieram para o
Brasil com o agravante da grave crise econômica do futebol peruano que afeta o
Alianza Lima, deixando os jogadores com três meses de salários atrasados. Mesmo
assim, mostraram profissionalismo, utilizando a velha tática da retranca para
tentar reduzir a enorme discrepância técnica entre os dois times.
O Vasco teve enormes dificuldades desde o início da partida,
conseguindo poucas conclusões na primeira etapa. A primeira jogada de efetivo
perigo foi só aos 12 minutos com Barbio na direita, chutando cruzado e com
Alecsandro não conseguindo o tempo de bola necessário para marcar. Até então a
partida estava “normal”, pois um time superior tecnicamente tentava transpor a
parede montada pelo adversário, porém a partir dos 16 minutos o jogo ganhou contorno
cômico e atípico.
Em um chutão despretensioso de um zagueiro peruano com direção ao campo de ataque, o zagueiro Rodolpho (aquele ex-jogador do Grêmio)
acabou errando o tempo da bola de forma juvenil, e deixou o atacante Charquero
livre para avançar e tocar na saída do goleiro Prass para abrir o placar. Menos mal, que três minutos depois o Vasco
empataria com um gol contra do zagueiro Ramos, que cortou contra o seu próprio
gol um cruzamento de Wiliam Barbio em direção a Alecsandro.
No mais, nenhuma grande emoção na primeira etapa, a não ser
um gol de Alecsandro corretamente anulado por impedimento. O atacante repetiria
a dose na segunda etapa, em apenas uma de suas atrocidades na partida.
Veio o segundo tempo e Cristóvão Borges sacou o zagueiro “falhão”
Rodolfo, além de colocar em campo o meia Felipe, que ficaria responsável pela
armação das jogadas. Nem bem começou a etapa, e o árbitro Diego Abal marcou pênalti
do zagueiro Carmona, em um lance originado por um chute de Barbio espalmado
pelo goleiro, e que no caminho encontrou o ombro do zagueiro, que acabou sendo
expulso na jogada em decorrência do segundo cartão amarelo.
Há a velha lenda que diz que pênalti inexistente é pênalti perdido, e o batedor Alecsandro foi “premiado” com um escorregão bizarro, que fez com que a bola acertasse o travessão do goleiro Libman e saísse. O atacante perderia o segundo pênalti aos 22, que desta vez considerei discutível, cobrando rasteiro no canto esquerdo do goleiro, que se esticou para pegar e ainda contou com a ajuda da trave que não deixou a bola entrar.
Há a velha lenda que diz que pênalti inexistente é pênalti perdido, e o batedor Alecsandro foi “premiado” com um escorregão bizarro, que fez com que a bola acertasse o travessão do goleiro Libman e saísse. O atacante perderia o segundo pênalti aos 22, que desta vez considerei discutível, cobrando rasteiro no canto esquerdo do goleiro, que se esticou para pegar e ainda contou com a ajuda da trave que não deixou a bola entrar.
Naquela altura o jogo já estava 2x1 para o Vasco, pois Dedé
havia aparado com a cabeça uma cobrança de escanteio de Fágner aos 14, mostrando
que o Vasco é o time da virada. Juninho também havia acertado a trave direita
do goleiro em uma de suas magistrais cobranças de falta, porém eram lances
isolados, que mostravam a dificuldade coletiva do Vasco. Em mais um destes
lances, só o árbitro viu uma infração dos peruanos após uma cobrança de
escanteio, resultando no terceiro pênalti a favor dos cruzmaltinos na partida.
Alecsandro não quis correr o risco de se equiparar com Palermo (ex-Boca Juniors
e autor de 3 pênaltis perdidos em uma só partida) e deixou para Juninho cobrar
no canto direito do goleiro, que chegou a tocar na bola mas não evitou o gol.
Mas eis que o Alianza Lima ainda conseguiria descontar aos
40, após uma falta lançada para a área, que a zaga vascaína deu bobeira e a
bola sobrou para Ibañes desviar de Prass. Porém foi o máximo que os peruanos
conseguiram, visto que a inferioridade numérica e técnica não possibilitaram
uma maior reação, apesar da apatia vascaína dar margens a tal.
E no fim acabou o jogo em 3x2, com o placar moral em 2x2,
pois dois pênaltis inexistiram, a expulsão foi injusta e o placar acabou
ficando de bom tamanho para o Vasco, que agora poderá respirar, já que jogou
duas vezes em casa e ganhou apenas três pontos. Em um grupo com Libertad do Paraguai
e Nacional do Uruguai, o time corre sério risco de eliminação na primeira fase,
no que depender do futebol mostrado nestes dois primeiros jogos.
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