Napoli e Chelsea começaram no Stadio San Paolo, na Itália, o duelo pelas oitavas-de-final da Champions League. Vitória do Napoli por 3x1, em um resultado, de certa forma, injusto para a equipe italiana, que jogou muito mais bola, enquanto o adversário falhou bastante defensivamente, mostrou pouco poderio ofensivo, e ainda foi presenteado com um gol, que ainda lhe dá esperanças de classificação com uma vitória por 2x0 em Stamford Bridge.
O mais do que ameaçado André Villas-Boas tinha plena convicção que a sua continuidade no comando técnico do Chelsea passaria por este confronto de dois jogos, que poderia ser apenas um, caso o time levasse uma goleada irreversível do bom ataque do Napoli, formado pelo tripé Hamsik, Lavezzi e Cavani, que mete medo em qualquer defesa, quanto mais na desorganização “em forma de setor” que é a marca defensiva do time londrino nesta temporada.
Para reforçar a minha afirmação, Villas-Boas escalou o lateral direito Bosigwa na esquerda, no lugar do ainda baleado Ashley Cole, que estava no banco, ainda sem 100% de condições, e deslocando o zagueiro Ivanovic para a lateral direita, onde o sérvio hora ou outra atua. Não foi atoa que a primeira jogada do Napoli foi pela na sua direita ofensiva, com Cavani aproveitando-se de uma “ratiada” de Bosigwa para exigir uma grande defesa de Cech com o pé.
Villas-Boas ganhou uma chance divina com a lesão de seu improvisado lateral esquerdo logo depois, tendo que colocar Ashley Cole, esse sim, nativo da função. Porém era o Napoli que continuava apertando e Cech salvou uma conclusão à queima-roupa de Maggio, mostrando a força do ataque italiano, porém com a defesa não inspirando a mesma confiança. Foi em uma grande falha defensiva que os Blues abriram o marcador com Juan Mata aos 27, após uma rosca indescritível de Paolo Canavarro, que serviu de assistência para o espanhol inaugurar o marcador, mostrando a total sorte que parecia estar pairando sobre o time londrino.
Só parecia, pois dez minutos de um total domínio do Chelsea pós-gol, o Napoli finalmente estabeleceria justiça no placar, após um tabelamento entre Cavani e Lavezzi, não devolvido pelo argentino, que preferiu carregar a bola e aproveitar-se da desatenção de Meireles e dos demais defensores que foram atrás de Cavani, para concluir no cantinho de Cech para empatar. Exatamente dez minutos depois, o Napoli viraria o jogo com Cavani ganhando na imposição da defesa inglesa, e empurrando com o ombro um cruzamento de Inler.
O Chelsea tentou reagir na segunda etapa, mostrando maior ação na intermediaria ofensiva, porém abria espaços para o mortal contra-ataque do Napoli, deixando o jogo aberto e com chances de os ingleses buscarem o empate ou dos italianos ampliarem. E quem levou a melhor foi o Napoli, após mais uma falha defensiva do Chelsea, desta vez de David Luiz, que perdeu o tempo da bola e deixou Cavani se projetar após um lançamento da intermediária, para servir novamente Lavezzi para marcar o terceiro.
Villas-Boas tentou reagir com os já batidos Malouda e Lampard, porém só o que conseguiu foi salvar o emprego nesta jornada, depois de uma tocada rápida de Cavani com Hamsik, que achou Maggio que concluiu rasteiro para o gol, porém em cima de Ashley Cole, que de carrinho evitou o que seria o quarto gol napolitano, que simbolizaria em uma classificação virtual do time italiano.
No fim das contas, show do Napoli assistido de camarote pelo Chelsea, que pode comemorar um gol ganho de presente e que ainda não inviabilizou totalmente uma classificação para as quartas-de-final, mantendo ainda o emprego de Villas-Boas. Um placar de 2x0 no Stamford Bridge não é nenhum absurdo, porém se for levado em conta o que o time inglês vem jogando, há poucas esperanças devido à desorganização do time e de uma defesa que não inspira nenhuma confiança tendo que se defrontar com um time que detém um contra-ataque mortal.
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