quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Entediante brincadeira de criança


Nesta quinta-feira, o Barcelona nem de um mínimo esforço para passear contra o Al-Sadd e se classificar para a final do Mundial de Clubes da FIFA.  Ao contrário, a equipe de Guardiola teve apenas lapsos de seriedade, tratando o jogo como um grande treinamento e literalmente colocando o time do Qatar na roda.

Jogando contra o time da mesma nacionalidade da fundação que o patrocina, Guardiola escalou um Barcelona alternativo, com apenas cinco jogadores da equipe considerada ideal e que enfrentou o Real Madrid, se é que o treinador tem este conceito, já que possui tanto material humano em mãos que pode ter 15 a 16 titulares, e pode se dar ao luxo de utilizar um sistema de escalação rotativa, preservando o esqueleto do time e a formação de jogo, esta sim, imprescindível. 

O treinador Jorge Fossati postou seu Al-Sadd em uma retranca de dar inveja a treinadores considerados retranqueiros como Celso Roth, chegando a ficar com uma linha de cinco defensores e quatro meio campistas durante o tempo (praticamente absoluto) em que ficou sem a bola. Tinha apenas Niang, no ataque, porém foi de Keita vindo de trás em um rápido contra-ataque a única grande chance do jogo, em um total de duas conclusões que o time teve em todo o jogo.

Para complicar a vida dos qatarenses e de Fossati, a defesa falhou e foi em erros defensivos do Al-Sadd que o Barcelona construiu o escore. Primeiro aos 23, em uma atrasada inconsequente do experiente Belhadj para o goleiro Mohamed, que não sabia o que fazer com a bola e quando tentou dar o chutão, acertou pateticamente Adriano, originando no primeiro gol catalão. O segundo veio aos 43 novamente em um erro defensivo do time do Qatar, que sobrou para Thiago Alcântara que lançou Adriano, e que desta vez teve o trabalho de desviar do goleiro, acertando o canto.

No mais, o Barcelona tocava a bola incansavelmente, chegando a ultrapassar os 70% de posse de bola, onde a maior parte do tempo foi no campo ofensivo. O time literalmente chegava a cansar o telespectador e a se entediar, visto que em determinados momentos ligava o botão “Jogar Sério” e tramava jogadas de aproximação e triangulações. Mesmo neste ritmo de marcha lenta, o time teve 19 conclusões ao longo do jogo.

Mais dois gols catalães ainda ocorreriam na segunda etapa, primeiro com Keita recebendo um passe açucarado de Messi na entrada da área para desviar do goleiro para marcar o terceiro, enquanto o quarto saiu em uma assistência de Thiago Alcântara para Maxwell, que havia entrado no lugar de Abidal, para se projetar na esquerda e chutar rasteiro no contrapé de Mohamed, fechando a conta.

Não há como se ter uma melhor análise do Barcelona no jogo, pois o time catalão não teve um adversário que lhe exigisse o mínimo possível, tamanha a disparidade técnica.  Messi nem precisou fazer uma partida ao nível de melhor do mundo, apesar de ter tentado sem sucesso marcar de letra e de bicicleta. Porém o confronto contra o time do Qatar deixou um legado de lesões ao Barcelona, visto que Villa saiu com uma fratura na tíbia e ficará seis meses fora, enquanto Sánchez, Puyol e Mascherano saíram ressentindo-se de lesões e preocupam para a final do mundial.  

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