Há meses que Inter e Andrade Gutierrez tentam aparar as arestas que faltam para um acerto. Segundo informações que surgem todos os dias, questões pontuais ainda impedem o acerto, como um tempo de fechamento do estádio bem como o que vai ser dado de retorno à construtora em benefícios, o que faz com que a reforma do estádio continue parada e sem previsão de ser retomada.
Um acerto entre Giovanni Luigi e a Andrade Gutierrez não traz uma garantia que a parceria será efetivamente acertada, visto que a minuta do contrato teria que passar e ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube, que provavelmente vetaria a possibilidade caso haja clausulas que possam comprometer o clube em médios e longos prazos.
Devido ao escasso tempo, que acaba dificultando ao aumentar o valor da obra e também a sufoca-lo em relação ao Comitê Organizador Local (COL), não há mais tempo hábil para que houvesse uma parceria que viabilizasse a construção de uma arena, que estaria mais de acordo com o conceito parceria, e que colocaria o clube no Século XXI no quesito estrutura do esporte.
O Blog vê três saídas que podem ocorrer com a futura casa do Inter, onde nas duas primeiras haveria a possibilidade de disputar a Copa 2014 no estádio.
1- O clube aceita as exigências da Andrade Gutierrez e a torna parceira na remodelação do complexo, com esta se apoderando de alguns recursos provindos da exploração de espaços dentro do estádio ou em torno do complexo, e assim retornando o seu investimento. O clube bancaria a reforma apenas com o valor disponível com a venda do Estádio dos Eucaliptos, deixaria de usufruir por algum tempo (20 anos) de valores provindos das suítes e de um setor VIP que viria a ser construído, o que não lhe faria perder faturamento nesta parte, e sim apenas deixar de ganhar, o que seria desvantajoso no que diz respeito ao novo cenário financeiramente competitivo em que vive o esporte.2- Inter não fecha a parceria, mas resolve reformar com recursos próprios. Neste caso, o clube voltaria ao principio da reforma, que visaria o autofinanciamento como origem de recursos. Desta forma teria que obter os cerca de R$ 300mi através de venda de jogadores e empréstimos, o que deixaria o clube pobre no que diz respeito a grupo de jogadores, e o tornaria pouco competitivo e falido por alguns anos em virtude do esforço financeiro. Vale ressaltar que a FIFA não vê com bons olhos esta ideia de autofinanciamento.3- Colorado abre mão da Copa, reformando o Beira-Rio na medida em que tiver recursos disponíveis. Neste caso, não enfraqueceria o grupo de jogadores, porém ficaria com o estádio semi-acabado por vários anos, até que consiga reforma-lo na integridade ou decida construir um novo estádio ou arena. O clube também deveria sofrer represálias por parte da FIFA e dos governos federal, estadual e municipal por não honrar seus compromissos, além de estar na linha de frente de possíveis gozações rivais por perder algo que tinha como certo, e que o utilizava como flauta ao rival por este construir uma "arena fantasma".
Eu como torcedor Colorado e admirador do esporte, vi uma grande falha neste projeto Gigante para Sempre, que deveria transformar o Gigante do Beira-Rio em uma arena totalmente nova e pronta para enfrentar o Século XXI.
O futebol evoluiu como esporte e comercio, o que faz com que o campo de jogo necessite ter autossuficiência, e que possa gerar recursos para o clube. O modelo arena foi proposto na Europa para atingir este fim, de modo que o estádio deixe de ser sub utilizado apenas 30 a 40 vezes por ano, tornando-se útil ao longo de todo o ano. Na prática, sai o estádio como vemos hoje em dia no Brasil, como apenas uma sede de jogos, e entra um shopping center com um campo de futebol dentro, que é o padrão SEC XXI do esporte.
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