sábado, 17 de setembro de 2011

A 999 dias da Copa? E dai!

Nesta última sexta-feira, onze estados e o Distrito Federal comemoraram o início da contagem regressiva de 1000 dias para a Copa do Mundo, que será realizada no Brasil a partir do dia 12 de junho de 2014.

Muita festa pela data simbólica, porém muito pouco a que comemorar em relação ao evento Copa do Mundo, visto que país ainda engatinha em infraestrutura, fazendo parecer que o dia 30 de outubro de 2007, data do anuncio oficial do país como sede da Copa de 2014, foi no trimestre passado, e não há quase 4 anos, como a cronologia nos mostra.

Abaixo o material do Jornal Folha sobre a situação dos 12 estádios-sede, cuja média aponta 20% de andamento, quando a esta altura do campeonato já era para estar acima dos 50%.

Já a infraestrutura pública, que, no fim das contas, é o legado gerado por um evento deste porte, é ainda mais precária, onde a maioria dos projetos sequer tem previsão de começar a sair do papel, e isso que faltam 33 meses para a Copa, em um prazo considerado apertado para a execução de qualquer obra complexa e custosa.

A questão dos aeroportos é a mais batida, até pelo fato do poder aquisitivo do brasileiro aumentar, o que acabou elevando a demanda pelo serviço aéreo, que causa seguidos transtornos à população. Além dos cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros, haverá também o deslocamento de brasileiros que se deslocarão para o turismo ou para atividades profissionais, já que o país não parará durante o mundial.

Ainda há questões de logística como o deslocamento interno dentro das cidades e metrópoles, pois os turistas encontrarão uma vida “quase normal” dos nativos habitantes das cidades-sede e imediações. As obras de ampliação da infraestrutura de transportes caminha a passos de tartaruga, e dificilmente ficarão em um nível aceitável. Há ainda o temor em relação à capacidade que o país terá para hospedar tantos turistas, visto que a parte hoteleira dependeria da iniciativa privada.

Não será nenhum absurdo presenciarmos, durante a realização do mundial, uma espécie de férias forçadas de inverno, por onde escolas ficariam fechadas, serviços públicos indisponíveis em dias de jogos, além de um forçado amenizamento dos serviços privados, como forma de reduzir o fluxo das grandes cidades, e assim maquiar sutilmente a grave falta de planejamento que foi gerada desde 2007 até 2014, quando em 7 anos, tudo poderia ter sido muito bem planejado e executado sem estouros de orçamento.

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