Grêmio e Atlético-MG fizeram um bom jogo nesta fria noite de Porto Alegre. Um jogo de lá e cá, com dificuldades e oportunidades pra lá e pra cá, e cujo placar só poderia terminar em empate.
Inicio de jogo morno, pois ambas as equipes enfrentavam dificuldades. O Grêmio pela sua formação 4-3-2-1 proposta por Julinho Camargo, que tinha três volantes (Rochemback, Gilberto Silva e Adilson) e dois meias (Escudero e Miralles) que não tem a vocação para armar as jogadas. O Galo tinha dificuldades em encaixar a marcação no meio-campo, o que acabava caracterizando em uma falsa melhora do time do Grêmio.
Eis que o Galo equilibra o seu setor problemático, e começa a ditar o controle do jogo. Poderia ter saído vencedor na primeira etapa, pois perdeu três grandes chances. Na primeira, Eron lançou Patric, que driblou Victor e teve sua conclusão interceptada em cima da linha pelo guardião Rafael Marques. Na segunda, Magno Alves recebeu na entrada da área e chutou no canto de Victor, que conseguiu se esticar para fazer a defesa. Já no terceiro, foi uma jogada de bola parada que André levou a vantagem, chegando a tirar Victor do lance, porém Mário Fernandes salvou.
O Grêmio tinha problema na ligação das jogadas e faltava um diferencial, que seria Leandro, e que Julinho Camargo acabou lhe colocando no intervalo. A equipe gaúcha melhorou e passou a pressionar o Galo.
Aos 5, Leandro iria mostrar o porque seria o diferencial, ao receber de Escudero na entrada da área e tirar do goleiro Giovanni com um chute cruzado. Porém o Galo reagiria na jogada seguinte, com André recebendo na entrada da área e chutando forte no ângulo esquerdo de Victor para marcar o 1x1.
A arbitragem então viria a aparecer negativamente no jogo em dois lances capitais, que poderiam ter mudado a história da partida. No primeiro, Leandro acertou o rosto de Eron intencionalmente com seu punho, tão deliberadamente que o lateral esquerdo do Galo teve que sair de ambulância, e o arbitro Guilherme Cereta ficou sem marcar falta e nem mostrar cartão ao Gremista. Minutos depois, o arbitro marcou um pênalti em Mário Fernandes, quando o gremista foi lançado por Rochemback e na hora que iria finalizar acabou chutando em vácuo e caindo, sem que o jogador atleticano que tentava lhe travar o tocasse.
Fábio Rochemback não tinha nada a ver com isso e bateu rasteiro no canto direito de Giovanni para fazer o que então seria o gol da vitória do Grêmio. Assim como no primeiro gol tricolor, o Galo foi pra cima, com Neto Berola recebendo na entrada da área, passando por Victor e com Lúcio salvando de cabeça em cima da linha a conclusão do atleticano.
A pressão seguia, e dava ao jogo um clima de injustiça pela diferença de futebol de ambos os times e pelos erros de Cereta. Até que aos 44 minutos, Leonardo Silva escora de cabeça uma cobrança de escanteio de Richarlyson para empatar e justificar o bom jogo dos atleticanos, que se tivessem uma maior sorte na jornada, teria saído de Porto Alegre com a vitória.
Quanto ao Grêmio, o tricolor fez uma partida à altura da qualidade e organização do seu time. Empolgou-se em determinados momentos do jogo, porém jamais controlou a partida diante do Atlético-MG. Reforços são necessários, talvez um técnico de maior renome e qualidade, porém hoje o tropeço não passou pela questão da arbitragem.
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