segunda-feira, 8 de agosto de 2011

4-2-3-1 de Roth anula primogênito de Felipão

No último sábado, Celso Roth estreou como treinador do Grêmio no Canindé contra o Palmeiras de Felipão.

Partida fraca tecnicamente, com pouca inspiração dos jogadores de criação de ambos os lados, e que acabaram sofrendo com o encaixe de meia cancha proporcionado por Roth e Felipão, que projetaram esquemas 4-2-3-1, o que acabou povoando o meio com 10 jogadores, e com a maior vantagem ao Grêmio, que conseguiu segurar o empate em São Paulo.

Esquema de Celso Roth X Esquema de Felipão

Com apenas dois treinamentos antes do confronto, Roth buscou consolidar o sistema defensivo gremista. Sem Gabriel e Mario Fernandes, este que poderia ser utilizado tanto na zaga quanto na lateral direita, o treinador acabou escalando o volante Adilson no lado direito, enquanto a zaga teve Vilson. Com os volantes Gilberto Silva e Rochemback não saindo de seus postos, foi possível o avanço dos laterais durante a partida, servindo de opção aos meias.



Na frente, o Grêmio pouco ameaçou, fruto do pouco tempo de trabalho do treinador. Na ligação ofensiva, Roth colocou Leandro pela direita e Lúcio pela esquerda, de forma que pudessem se movimentar bastante para cobrir os laterais e também para sair rápido ao ataque. As principais jogadas do Grêmio foram em lances de vantagem individual de Leandro, que enquanto esteve em campo, trouxe muita dificuldade para o lateral esquerdo Palmeirense.

Porém o empate em 0x0 para uma equipe que vinha em má fase e estreava fora de casa contra um dos primeiros colocados não era um resultado desprezível, tanto que o Grêmio jogou para empatar e segurar o Palmeiras. Felipão bem que tentou, invertendo seus wingers Maikon Leite e Patrick, porém a melhora ofensiva só deu-se após a troca de esquema, com a entrada de Dinei, deixando a equipe alviverde com dois atacantes no 4-4-2.



A equipe palmeirense é limitada tecnicamente, porém é bastante organizada. Jogando no esquema 4-2-3-1, a equipe depende dos avanços de Cicinho pela direita, já que o lateral esquerdo Gabriel Silva está na Seleção Sub-20 e Gerley praticamente não passa do meio-campo, enquanto na linha de meias, Patrick avança pouco, mantendo a sua linha de posicionamento, enquanto Maikon Leite é quem mais se movimenta, juntamente com Valdívia.

Contra uma equipe fechada como o Grêmio, o Palmeiras teve dificuldades, pois Kléber tem baixa estatua e não é um homem de posicionamento, saindo demasiadamente da área, o que inviabiliza a equipe de fazer jogadas de linha de fundo e cruzamentos para a área. Para piorar, o Grêmio usou uma marcação adiantada na saída de bola adversária, o que deixava o meio-campo do Palmeiras previsível, e com a bola chegando quadrada ao setor ofensivo.

Na primeira etapa, a equipe palmeirense ficava torta para a direita e previsível, já que o Grêmio utilizava Lúcio como um segundo lateral, impedindo a aproximação de Cicinho em Maikon Leite. Felipão inverteu Maikon com Patrick, e então o Palmeiras levava vantagem na esquerda ofensiva, por onde o Grêmio tinha Adilson improvisado, porém foram poucas jogadas agudas de linha de fundo, que poderiam gerar um cruzamento para a área ou a chegada de um homem surpresa.

Roth passou em seu primeiro teste, porém contra o Fluminense no Olímpico terá que atacar. Poderemos ver o que o treinador poderá trabalhar durante a semana para melhorar a movimentação ofensiva da equipe.

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