O Uruguai havia sido o melhor sul-americano na última Copa do Mundo na África. Mostrou, desde então, possuir um grande time, com um diferencial chamado Forlán. Porém mesmo com todas essas credenciais, ainda fora relegado a uma terceira potência do continente, atrás de Brasil e Argentina.
Neste domingo, realizou-se a final da Copa América, sem os esperados protagonistas, já que o Brasil havia caído contra o Paraguai, adversário uruguaio da decisão, enquanto a celeste olímpica havia eliminado a Argentina.
Méritos ao Uruguai, que soube impor em campo a sua superioridade, oriunda de uma soma entre a sua tradicional garra charrua com a técnica apurada. O Paraguai também teve seus méritos, por ter seguido tão fielmente o regulamento e ter no goleiro Villar a competência e a sorte necessária para chegar à final sem precisar vencer um único jogo.
Na decisão desta tarde em Buenos Aires, os deuses do futebol encaminharam um desfecho dos sonhos aos uruguaios, com um 3x0 do tamanho da diferença técnica de ambos os times. Desde os primeiros minutos, massacre uruguaio, com dois pênaltis claros não assinados pelo arbitro brasileiro Sálvio Spínola, que mais uma vez, teve uma atuação lamentável ao não marcar as penalidades, e ao não coibir a violência do jogo.
Pênaltis que não fizeram falta ao Uruguai, que logo aos 11 minutos marcaria seu primeiro gol com Suárez, no oportunismo, após um bate-rebate próximo a grande área, com direito a desvio de zagueiro e da trave antes de entrar. O Paraguai, que até então era só retranca, procurou equilibrar o jogo, mas mesmo assim as melhores chances eram do Uruguai, que perdeu gols em finalizações de Forlán e Suárez.
Forlán era o mais ansioso em fazer um gol, já que ainda estava em branco no torneio. Quisera o destino que o atacante fizera os outros dois, um no primeiro tempo, após saída errada de Ortigoza e que acarretou em uma assistência de Arévalo para o craque uruguaio bater de chapa. Já o segundo, não menos bonito, em um contra-ataque mortal já ao fim do jogo, quando em dois toques Cavani tocou para Suárez que acionou Forlán, e este apenas tendo o trabalho de desviar do bom goleiro Villar para sacramentar a goleada.
Titulo merecido, do melhor do torneio e que teve os dois melhores jogadores: Forlán e Suárez. Um time equilibrado, com dois jogadores que decidem só poderia chegar longe no torneio, enchendo de esperanças a torcida celeste, que agora pensa em uma reedição do Maracanazo em 2014. Mas para isso, terão que passar por uma longa eliminatória, de onde possui absolutas chances de classificação.
Enquanto isso, festa para o 15º título continental, que torna o país isolado o maior vencedor da competição.
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