Definitivamente estou banalizando o termo “show de horrores”, mas só assim para ilustrar a fase da Seleção Brasileira, assim como a do Internacional. Ainda não sei qual dos dois consegue estar (ou ser) pior, mas hoje o post é sobre a atuação(?) da Seleção Brasileira contra a Holanda em Goiânia em um insosso 0x0.
O Brasil convidou a Holanda para uma festa no Serra Dourada, cujo objetivo era ter uma revanche da sofrida eliminação da última Copa do Mundo, com direito a show de Neymar e Cia LTDA. Os holandeses vieram na vibe de um passeio, pois estavam em final de temporada, e muitos sequer vieram uma vez conhecer o país.
Imagino que até os holandeses ficaram decepcionados com o futebol mostrado pelo Brasil. Foram 20 minutos de futebol propriamente dito, com a nossa Seleção criando algumas chances para marcar, porém esbarrando no goleiro Krul. No mais, furadas de Robinho e Fred, este que teve a sua chance de ouro para se consolidar no grupo de Mano Menezes, mas levou-a consigo na substituição por Damião, que deve ser o escolhido pelo treinador.
Chances de gols? Foram poucas, com a Holanda merecendo a vitória nesta tarde. Affelay deu trabalho para Júlio César em suas duas finalizações na primeira etapa, onde em uma recebeu com liberdade e o goleiro brasileiro mostrou toda a sua experiência e qualidade para fechar bem o ângulo e evitar o gol dos visitantes. O Brasil, para não dizer que passou em branco, deu apenas um chute a gol com Ramires, que nem foi tão perto do gol.
Já na segunda etapa, tirando os 20 minutos que o Brasil foi pra cima e tentou finalizações, houve de relevante apenas a expulsão boba de Ramires, que não encaixou nesta seleção e se Mano Menezes utilizar o mesmo critério que fora com Hernanes, deverá ir para a geladeira. Neymar conseguiu algumas jogadas individuais que contagiaram os torcedores, que se dispuseram a pagar 150 reais para ver uma atuação tão ruim quanto aos decibéis das vaias ao fim dos dois tempos de jogo.
De positivo, apenas Júlio César, Thiago Silva e Lúcio, montando um sólido sistema defensivo de meio de área, enquanto que na frente apenas Neymar teve uma boa atuação, porém longe do que vem apresentando no Santos.
Mano Menezes escalou o Brasil em um 4-4-2 em losango, com Lucas fazendo o vértice defensivo, enquanto Ramires jogou pela esquerda, Elano pela direita e Robinho fechou o segundo vértice. Quando atacava, Robinho abria pela direita enquanto Neymar ficava pela esquerda, com Elano centralizando. Tal esquematização, sem muita movimentação e variação, deixou o Brasil previsível na primeira etapa, melhorando na segunda com um melhor deslocamento de Neymar e Robinho, porém não suficiente para uma vitória.
Não entendi algumas modificações de Mano, tirando Robinho para colocar Elias, para deixar o Brasil com 3 volantes de origem, já que contava na ocasião com Sandro e Ramires, até a sua expulsão. Os números comprovam um desempenho pífio de Mano Menezes, cuja função é renovar, porém não encontra valores suficientes para este feito. Tirando Lucas, Neymar e talvez Ganso, quem teria para experimentar?
Eu não sei a resposta, mas pergunte aos clubes brasileiros que a cada dia querem mais e mais dinheiro, porém se esquecem de lapidar a técnica natural que o futebol brasileiro tem. Aliado a isso, as pressões sobre a arbitragem que acabam marcando faltas desnecessárias e criando a estirpe do caí-caí, algo criminoso para o futebol no modo Mundial, e não Global, que prefere criar esperança de onde não se tem, esquecendo-se dos defeitos do futebol brasileiro e da sua decadência plena, tornando-se mais um novo membro da segunda linha do futebol mundial.
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