Na noite desta quarta-feira, o Santos se garantiu na final da Libertadores da América ao empatar em 3x3 com o Cerro Porteño. Agora, resta aos santistas aguardar quem se sairá melhor do confronto entre Vélez e Peñarol, que define nesta quinta-feira o outro finalista.
O jogo teve duas faces, sendo que a bonita começou a ser mostrada logo de cara, com Neymar sofrendo falta nas proximidades da área ao tentar jogada individual, que fora cobrada por Elano na cabeça de Zé Eduardo, que estava atrás do zagueiro e contou com a indecisão do goleiro para ter a liberdade de colocar o Santos na frente e ainda tirar a sua zica de gols, que perdurava mais de dois meses.
O gol tão cedo desarmou os paraguaios, com o técnico Astrada vindo a colocar o prodígio Iturbe em lugar do lesionado Ivan Torres, com apenas 10 minutos de jogo. Iturbe deu um toque refinado ao Cerro, porém o dia parecia conspirar a favor do Santos, que depois de um bicão de Edu Dracena, viu o defensor Benítez, assustado com a proximidade de Neymar, cabecear para trás em direção ao gol, enquanto o goleiro Barreto completou a trapalhada ao socar para dentro do gol, dando de presente o segundo gol ao Santos.
O Cerro tentou reagir aos 31, com Iturbe cobrando escanteio e Benítez escorando de cabeça para descontar, porém a reação na primeira etapa ficou abreviada por um precioso contra-ataque puxado por Arouca já nos acréscimos, encontrando Neymar, que com certa liberdade transformou a jogada em uma covardia para os defensores paraguaios que nada puderam fazer para evitar a sua finalização que decretou o terceiro gol do Santos e uma vantagem que só seria quebrada caso o Cerro Porteño transformasse o 3x1 contra em um 5x3 a seu favor.
Liquidada a fatura? Tudo se indicava que sim, com certa tranquilidade e até com a possibilidade de voltar do Paraguai com uma goleada histórica contra o já despedaçado Cerro Porteño. Porém foram somente indícios que não se confirmaram, pois a face feia do jogo iria aparecer para o Santos, trazendo consigo um ar de drama.
O Santos recuou, como é de costume na era Muricy, porém sem manter a posse de bola no ataque, fazendo com que o Cerro Porteño fosse pra cima e buscasse gols. Benítez já mostrará aos 2 minutos o perigo, que passou perto do gol de Rafael, porém aos 15, Luchero pegou de primeira um rebote dentro da área e fez o segundo dos paraguaios.
Aos 36 Fabbro empataria, depois de interceptar uma saída de bola frustrada do Santos, livrar-se de Adriano e Possebon e chutar no ângulo do goleiro Santista. Antes e após o segundo gol, várias chances originadas pelos flancos, onde o Santos vacilou feio na marcação, arrepiando os cabelos da sua torcida. A equipe da vila restou alguns contra-ataques puxados por Neymar e Maikon Leite, em que houveram problemas no último toque, o que acaba determinando o gol.
Um 3x3 tranquilo para o Santos, que ainda levaria uma bola na trave já aos descontos, porém que não imaginava a expulsão de Edu Dracena, que acabou falando algum palavrão para o árbitro, que acabou lhe expulsando. Esta expulsão do experiente zagueiro poderá custar caro à equipe santista, já que joga fora de casa o primeiro jogo da decisão.
A lamentar, a covarde agressão de um torcedor à Muricy Ramalho, jogando um pirulito em seu rosto, que poderia lhe machucar gravemente caso fosse uma pedra por exemplo, o que comprova a constrangedora impunidade que a violência e a desordem têm nos gramados latinos, inviabilizando um maior sucesso comercial da Libertadores perante o mundo.
A cara do Santos é um super setor ofensivo, onde Neymar desiquilibra mostrando a cada dia o seu real potencial que já pode ser considerado o de um craque, enquanto a falta de experiência faz o Santos passar por apuros desnecessários, que se não forem bem contornados, poderão lhe custar o titulo sul-americano.
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