Passadas as quatro primeiras rodadas do Brasileirão, o Internacional ostenta um aproveitamento de apenas 41,6%, o que hipoteticamente seria um número suficiente para a fuga contra o descenso, porém incapaz para se ambicionar uma Libertadores.
Estes números poderiam ser irrelevantes, tamanha baixa amostragem da competição até então, que ainda reserva 34 rodadas, porém o futebol apresentado pelo clube e a omissão por parte da direção em tentar qualifica-lo com a contratação de reforços, cria uma tendência pessimista para o futuro do Colorado no Brasileirão.
Além de não possuir um grupo numerosamente qualificado, a própria formação titular vem apresentando graves deficiências quando é colocada à prova diante de uma equipe mais qualificada.
Contra o Palmeiras, este problema ficou mais uma vez caracterizado, pois o Internacional não mostrou ter time para bater o alviverde paulista, que do trio de ferro de São Paulo, é o menos qualificado. O colorado criou pouco, não conseguindo se desvencilhar da marcação palmeirense, conseguindo achar dois gols, sendo que o que decretou o empate só foi nos descontos da etapa final, quando a equipe não dava mais mostras de reação.
No mais, foram poucas chegadas, marcando a falta de objetividade da equipe gaúcha, que cria pouco, finaliza pouco, e abusa trocar passes, sendo que muitos são errados e que facilitam a retomada de bola por parte do adversário, contra uma defesa lenta e desprotegida.
Ainda há o fator Falcão, que ainda não conseguiu colocar em prática seus conhecimentos teóricos adquiridos ao longo dos tempos como comentarista. Mostra ter encontrado seu esquema tático depois de perambular por dezenas de formações diferentes, porém peca nas escolhas das peças e também na leitura de jogo com as alterações.
O treinador mostra-se refém do grupo, cujos lideres fez questão de levar em sua apresentação. Alguns destes já não tem mais condições de disputar uma partida completa em alto nível por estar em idade avançada, e outros mostram-se apáticos por já estourar o ciclo no clube e não ter mais ambição para dar o algo a mais que torcida e o próprio clube desejam.
A direção mostra-se complacente com o grupo de jogadores, exaltando sua qualidade para eximir-se da contratação de reforços. Quem deverá pagar com isso será Falcão, que já encontra-se na alça de mira do torcedor Colorado, que parece ainda não enxergar que as lideranças do vestiário e que já trouxeram uma enorme contribuição no passado, envelheceram e hoje não são mais nem a sombra dos jogadores que já foram, porém continuam cativos na titularidade e onerando a folha salarial do clube.
A janela de transferências se aproxima, trazendo consigo a última esperança de dias melhores no Beira-Rio.
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