quarta-feira, 8 de junho de 2011

De fenômeno à lenda em jogo de 17 minutos

Hoje à noite no Pacaembu, parecia nem haver um confronto entre seleções profissionais, servindo como último grande teste da Seleção Brasileira para a Copa América.

O cenário era outro, com contornos fenomenais, tratando-se da despedida do “fenômeno” Ronaldo da Seleção Brasileira e a apresentação do lendário Ronaldo Nazário, que ficará para sempre na história e no seu legado de admiradores.

Até aos 30 minutos, pouco se falava de jogo, relegando-o a um segundo plano, com todos aguardando atenciosamente o momento em que o fenômeno subiria pelas escadas do vestiário e entrasse em campo, fato que ocorreria pouco antes dos 28 minutos. Eis que dois minutos depois chegaria a grande hora, quando Fred finalmente daria lugar a Ronaldo, e a torcida que antes esperava o tempo passar e cantava "OLÊLÊ, OLÁLÁ, RONALDO VEM AI E O BICHO VAI PEGAR!!!", desta vez queria que os 15 minutos se multiplicassem.

O árbitro Sérgio Pessota não pôde multiplicar o tempo, porém deu-lhe mais 2 minutos de sobrevida, tendo no espaço três finalizações a gol, onde duas foram defendidas pelo jovem goleiro Tatarusanu, que mostrou profissionalismo, porém deixou de entrar para a história e se transformou em um aspirante a vilão, por ter evitado uma festa completa.

A terceira oportunidade foi isolada, todas oriundas de tabelamentos de Neymar com Robinho, que não pouparam esforços pelo último gol do “fenômeno”, que infelizmente não ocorreu, porém que não estragou a festa com volta olímpica ao lado de seus filhos Alex e Ronald ao som de Zeca Pagodinho, além de um humilde discurso no meio-campo pedindo desculpas por não ter marcado.

Porém houve jogo, fraco, mas existente. Os 75 minutos restantes ficaram marcados por um gol de Fred após cruzamento de Neymar aos 21, além de jogadas de efeito do aspirante a menino prodígio de nossa seleção. No mais, a Romênia pode dizer que não sofreu grandes ameaças, e se vangloriará de ter colocado uma bola no travessão com Muresan.

No mais, só clima de pré-festa antes da entrada de Ronaldo, que protagonizou em 17 minutos o clímax também marcado por suas três chances de gols, que transformou o espetáculo (?) em pós-festa na segunda etapa, com pouca coisa ocorrendo e deixando os expectadores em polvorosa tamanha ineficiência em campo.

Jogo frio, contra uma equipe fria e que desde 1998 não disputa uma Copa do Mundo, não devendo novamente se classificar assim como não conseguirá disputar a Eurocopa 2012. Firula de mais, objetividade de menos, derrotas importantes e pouco futebol.

É assim que se encaminha o Brasil à Copa América, que poderá dar o choque de realidade necessário ao ambiente festivo e Global, que prefere endeusar o substituído do tão criticado e injustiçado Dunga, que foi rotulado de vilão por não conceder privilégios a uma emissora. O que se vê é o mais do mesmo, com uma Seleção definhando tecnicamente e se projetando a ser coadjuvante na concepção atual do futebol mundial.

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