O empate da primeira rodada diante de um Santos reserva e totalmente improvisado havia soado como um presságio do que estava por vir. E ele veio, no Beira-Rio, diante do Ceará, por 1x0, com direito a gol de cabeça do ex-ídolo Iarley, em sua primeira jogada no jogo.
Em campo, Falcão buscou manter o seu esquema 4-4-2 com meio em formato losango, colocando Bolatti no primeiro vértice, Guiñazu pela esquerda, Tinga pela direita e D’Alessandro no vértice avançado.
O esquema havia funcionado razoavelmente em Santos, porém jogando em casa contra o retrancado Ceará, foi uma aposta errônea de Falcão, já que a equipe não teve força ofensiva, além de não ter volume de jogo no meio-campo que possibilitasse muitas oportunidades de gols.
As raras chances de gols foram com Zé Roberto, o homem mais participativo do Inter hoje, mesmo com a sua limitação técnica que lhe fez perder várias oportunidades. Damião também teve apenas uma chance em jogada individual, exigindo uma grande defesa do goleiro Fernando Henrique. Porém a melhor chance foi aos 7 minutos da segunda etapa com Kléber cobrando falta na forquilha, com o goleiro do Ceará tocando na bola para evitar o gol colorado.
O Ceará também não chegou, apresentando um menor volume que o Inter. Porém foi eficiente, tendo um pênalti de Bolivar em Murilo não assinalado pelo arbitro Célio Amorin, e quando efetivamente conseguiu chegar, fez o gol com Iarley, que se aproveitou de um escanteio cobrado por Murilo e desviado por Michel no primeiro pau, encontrando o ex-ídolo colorado para livre marcar de cabeça aos 18min, logo ele, com seus 1,71m de altura.
No mais, o Inter teve 30 minutos para buscar uma reação, mas sequer tentou, para a tensão dos pouco mais de 10mil torcedores que foram num frio Beira-Rio, frio pela temperatura e pelo ambiente, pois o Internacional parecia ter se preparado para um amistoso comemorativo, sem ter nenhuma vocação de uma disputa profissional.
Poucos jogadores se destacaram, com a maioria estando abaixo da média. Falcão não se distanciou, inclusive recebendo seus primeiros gritos de “Burro” por parte da torcida, por ter mais uma vez preterido Oscar do time titular, deixando em campo um insosso D’Alessandro por mais de 70 minutos.
Nem mesmo a expulsão de Washington motivou o Inter, que continuou praticando seu jogo burocrático e nada animador. Um lance emblemático do que foi o Inter no jogo foi aos cerca dos 40 minutos, quando um cruzamento chegava à Damião, que preparava-se para uma meia-bicicleta, e no meio do caminho, se intromete o recém contratado Gilberto, fazendo com que o goleador Colorado acertasse o novato, em um lance-papelão.
A cada jogo que se passa, o Inter involui, sem identidade alguma de esquema e sem ao menos ter a vontade e felicidade em seus jogadores para jogar bola. É pragmatismo por opção, por falta de qualidade ou a fórceps, tentando mudar alguma estrutura?
Sinais dos tempos? Não sei, mas talvez daqui mais uns dias a verdade venha à tona.
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