Nesta terça-feira, a direção Colorada formalizou algo que já se especulava: a saída do CEO Aod Cunha. Aod foi contratado em janeiro para ser o executivo-chefe do clube, de modo que a gestão estratégica do clube fosse profissionalizada, algo inédito no futebol brasileiro, que visava a dar um ar de empresa ao clube.
A principal missão de Aod seria racionalizar as finanças, de forma que houvesse o melhor aproveitamento das receitas do Internacional, de forma que reduzisse o déficit operacional, além de cuidar do processo de modernização do complexo Beira-Rio.
Porém houve conflitos de interesses que impediram a continuidade do profissional. Aod não teve o respaldo necessário para aferir a sua meta, e nem conseguiu impor o ritmo que utiliza na iniciativa privada, perdendo a voz de comando e inviabilizando a sua permanência.
Os clubes brasileiros são regidos pela paixão de seus dirigentes, que são torcedores do clube. Em busca de títulos, fazem o impossível parecer possível, deixando a fatura deste “feito” para depois. No Internacional este fato não era diferente, com o clube utilizando-se de empréstimos para quitar dividas e deixar os salários em dia, e tendo que pagar altos juros em função deste adiantamento de receitas. Por outro lado, por não visar o lucro, a administração assemelha-se a de uma instituição publica em uma realidade privada, o que gera o crescimento das dividas ao longo dos tempos.
Uma profissionalização é essencial em todos os clubes para que haja um planejamento em longo prazo, visando a autossuficiência e não necessidade de receitas extraordinárias (vendas de jogadores) para completar o orçamento. Porém um clube racional financeiramente ficaria privado de loucuras, que são comuns, ainda mais quando não se faz um bom campeonato, além de limar as relações com empresários, que atualmente são os verdadeiros "donos" dos jogadores.
O Inter pensa em um substituto para Aod, porém não vejo outro profissional mais competente que o atual ex-CEO, que se submeta à realidade clubística brasileira e que possa atingir suas metas profissionais. Nessa foi uma bola fora do Inter, que volta à vala comum dos clubes brasileiros.
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